O prefeito Marcelo Rangel (PPS) anunciou corte de gastos na prefeitura de Ponta Grossa na noite de quarta-feira (24). A medida deve suspender despesas gerais com materiais de escritório, viagens, cursos, apoio a eventos e horas extras, pelos próximos seis meses. A prefeitura da cidade quer economizar cerca de R$ 5 milhões até o fim do ano para investir em outras áreas.
Segundo Rangel, o orçamento da cidade está apertado e a verba vinda do governo federal foi reduzida. “Os cortes em gastos e no enxugamento da administração pública são extremamente necessários para que a gente possa dar andamento aos projetos que estão saindo do papel e que a gente termine o ano de 2013 com obras, mas principalmente com serviços de boa qualidade”, afirmou o prefeito.
O decreto limita ainda gastos com água, luz e telefone. As despesas com combustível e manutenção da frota de carros da prefeitura também serão mais controlados. As secretarias de Saúde e Educação ficam de fora do corte, pois os serviços são considerados essenciais. Horas extras estão incluídas na medida, pois normalmente geram gastos que passam de um R$ 1 milhão por mês. A prefeitura determinou que compras acima de R$ 30 mil só poderão ser feitas com a autorização do prefeito ou de secretários.
Sindicato defende concursos públicos
Para o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Leovanir Carneiro, um dos problemas da administração da cidade é o número de funcionários comissionados. Ao todo, são 304 pessoas contratadas sem concurso público. "Poderia ter aproveitado a oportunidade para anunciar o corte de cargos em comissão", critica.
Carneiro ressalta ainda que é preciso aproveitar o dinheiro economizado com o corte de gastos, para contratar profissionais que estão em falta atualmente. "O corte é necessário. Agora, por outro lado, tem que contratar para suprir essa mão de obra que é necessária", acredita. Segundo o sindicalista, há serviços públicos em Ponta Grossa que estão fechados por falta de pessoal.