A produção industrial paranaense registrou o melhor resultado do País em agosto, com avanço de 12,3% sobre o mesmo mês de 2012. Na média nacional, houve recuo de 1,2%. É a quinta taxa positiva consecutiva do parque fabril do Estado nesse tipo de comparação, e a mais intensa desde março do ano passado (15%).
Das 14 atividades industriais pesquisadas no Paraná, dez registraram alta. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal Regional – Produção Física (PIM-PF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e divulgada nesta terça-feira (08/10).
A pesquisa mostra que a indústria do Paraná também ganha destaque no comparativo da passagem de julho para agosto, com uma variação positiva de 3,6%, contra uma taxa nula para o País. Nesta avaliação, o Estado teve o melhor desempenho entre os 14 locais pesquisados no Brasil.
No ano (janeiro a agosto), do setor fabril paranaense acumula alta de 3,1%, versus evolução de 1,6% para a indústria brasileira. Neste comparativo houve aumento na produção em dez dos 14 setores pesquisados.
Na avaliação da economista Ana Silvia Martins Franco, técnica do Núcleo de Macroeconomia e Conjuntura do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), as estatísticas do IBGE revelam consistente recuperação da indústria paranaense, desde o mês de abril de 2013.
Ela destaca que o salto positivo da indústria paranaense é resultado do bom momento do agronegócio, da vitalidade do mercado de trabalho e das obras de infraestrutura em execução no Estado. Com isso, houve aumento da operação de setores importantes como química e petroquímica, metalmecância e insumos para a construção civil.
Ana Silvia ressalta também que começam a aparecer os primeiros efeitos dos investimentos de cerca de R$ 25 bilhões atraídos pelo programa Paraná Competitivo, “a exemplo da recente inauguração das fábricas de caminhões DAF e de pneus Dunlop, em Ponta Grossa e Fazenda Rio Grande, respectivamente”.
Evolução da Produção da Indústria do Paraná:
1 – Agosto de 2013 sobre o mesmo mês do ano passado.
– Edição, impressão e reprodução de gravações – 94%
(maior fabricação de livros, brochuras ou impressos didáticos sobre uma base de comparação baixa de 2012, quando a atividade recuou 67,4%);
– Produtos químicos – 50,2%
(Elevação na produção de amoníaco, adubos ou fertilizantes e ureia);
– Máquinas, aparelhos e materiais elétricos – 17,6%
(Alta na produção de máquinas e equipamentos – especialmente tratores agrícolas, máquinas para colheita, máquinas fabricar pasta de celulose, elevadores e partes e peças de refrigeradores);
– Veículos – 14,6%
(Aumento na fabricação de caminhões e caminhão-trator para reboques e semirreboques).
2 – Acumulado em 2013, entre janeiro e agosto.
– Máquinas e equipamentos – 14,9%
– Veículos automotores – 12,5%
– Produtos químicos – 12,4%
– Máquinas, aparelhos e materiais elétricos – 8,9%
– Mobiliário – 7,9%
– Minerais não-metálicos – 7,3%