22/08/2023
Agronegócio Economia Em Alta Guarapuava

Agrária tem peso no título de Capital Nacional da Cevada e do Malte

Parceria entre o Município e a Agrária começou na década de 70 quando produtores apostaram na produção desses grãos

(Foto: Cooperativa Agrária)

Com a chancela federal de ‘Capital Nacional da Cevada e do Malte’, Guarapuava se prepara para sediar a I Festa Nacional da Cevada e do Malte. O evento, entre os dias 14 e 16 de novembro, traz a assinatura da Prefeitura Municipal. Além do entretenimento, lazer e cultura, há também o viés econômico. Afinal, a Festa sinaliza a consolidação de uma cadeia produtiva de alto valor agregado. Fator esse que projeta o município no cenário de suprimentos para a indústria cervejeira. Além de tornar o município a ‘Capital da Cevada e do Malte’.

A Cooperativa Agrária teve um papel fundamental para que o município conquistasse esse reconhecimento. Foram os cooperados que, ainda na década de 1970, cultivaram as primeiras lavouras de cevada no distrito de Entre Rios. Eles apostaram na cultura como uma boa alternativa para rotação, e enxergaram o potencial produtivo e rentável.

Já nos anos 80, a Cooperativa, ao lado da então cervejaria Antártica, inaugurou a primeira maltaria do estado do Paraná. Em 1986, a Agrária assumiu o controle total da indústria, transformando-a na maior maltaria comercial da América Latina.

A EXPANSÃO

O crescimento da Agrária Malte, que atualmente conta com uma capacidade produtiva de 360 mil toneladas por ano e responde pela comercialização de cerca de 30% do malte consumido pelas cervejarias brasileiras, fez com que o cultivo da cevada fosse expandido para além da região Centro-Sul do Paraná. Condição essa que, conforme a cooperativa, levou o Paraná a assumir a primeira posição no ranking nacional de produção do grão.

Com projetos de pesquisa em manejo e genética de grãos subsidiados pela Agrária e conduzidos pela Fapa (Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária), o plantio de cevada está sendo difundido para outras regiões paranaenses. Em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, uma nova indústria de produção de malte surgiu da intercooperação entre a Agrária e as cooperativas Bom Jesus, Capal, Castrolanda, Coopagrícola e Frísia.

Para o Diretor Presidente da Agrária, Adam Stemmer, o título de Capital Nacional do Malte e da Cevada concedido a Guarapuava em setembro, de 2024, ressalta a importância da Cooperativa para a economia local. Também vai ao encontro da meta em ser referência na produção agroindustrial e gestão cooperativista.

Entendemos que a trajetória na área de pesquisa da cevada e sua produção, junto à produção do malte, fazem de Guarapuava merecedora desse título. Nos sentimos honrados em contribuir nesse contexto.

PARCERIA

A relação de Guarapuava com a cevada começou, de forma decisiva, portanto, na década de 1970. O que começou como uma alternativa agrícola logo se provou uma vocação.

De acordo com o Superintendente de Negócios da Cooperativa Agrária Agroindustrial, Jeferson Caus, essa aliança estratégica entre Município e a Cooperativa, começou nos anos 80, focada no fortalecimento da cadeia cervejeira. A então Agromalte, a primeira maltaria do Paraná, em parceria com cervejaria Antártica, começou um movimento estratégico que estabeleceu a identidade econômica da região.

Esse movimento surgiu com base na vocação produtiva do município, que concentra desde a produção de cevada até a industrialização de malte, passando pela pesquisa agrícola, capacitação técnica e valorização da cultura cervejeira como identidade local

Desde então, conforme Caus, a parceria tem se fortalecido por meio de ações conjuntas, como apoio a eventos, produtores e cervejarias. Essa visão estratégica não apenas fortaleceu a economia local, mas criou uma identidade. Em 1989, nasceu a tradicional ‘Festa da Cevada’, uma celebração da herança suábia, do cooperativismo e do trabalho que moldou Entre Rios.

A festa, com entrada gratuita no Centro de Eventos Cidade dos Lagos, segundo a secretária de Turismo, Rosângela Virmond, vai movimentar a economia local, o turismo regional e valorizar o ciclo completo de produção que garantiu o título nacional ao município.

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Cristina Esteche

Jornalista

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