A incidência de chuvas nos últimos dias desenha um cenário crítico na agricultura de Guarapuava e Região. Embora ainda não dê para quantificar perdas, a previsão é de queda na produtividade, qualidade e ainda de preços. De acordo com o técnico do Departamento de Economia Rural (Deral), Dirlei Manfio, esses três problemas, os quais os produtores já se deparam, devem ser agravados.
As culturas de inverno, trigo e cevada, já estão sendo colhidas. A situação que já não era boa por causa do clima e do preço baixo, agora vai ficar muito ruim.
Conforme relatório dessa segunda (16), o trigo já estava com 12% colhido, enquanto a cevada, com apenas 5%. “O calor e a umidade já exigiram maiores investimentos para tentar prevenir doenças. Agora, com as chuvas e a queda de preço pela metade, a situação é desalentadora”.
Para se ter uma ideia, durante a época de plantio da cevada e com a venda antecipada da produção, a saca de cevada estava em torno de R$ 110 e R$ 120. Hoje, há dúvida se a saca vai atingir R$ 50. Ou seja, menos da metade do preço inicial. Em Prudentópolis, conforme Manfio, a safra do trigo é antecipada. Mesmo assim, já há quebra de 50% na produtividade.
CULTURA DE VERÃO
Mas não são apenas as culturas de inverno que estão sendo prejudicadas pela chuvarada. As culturas de verão, em época de plantio, também sofrem com o excesso de água. Nas áreas de plantio de batata, por exemplo, há muita erosão do solo.
“No geral, a situação é muito crítica”. De acordo com o técnico, nos últimos dois anos, o mês de outubro registrou chuvas acima de 300 milímetros. Neste ano, no entanto, já choveu a média do mês em apenas 15 dias. “Trata-se de um cenário atípico”.
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