Professor da Adunicentro compõe Comissão da Verdade

O professor Helvio Mariano, da Adunicentro, foi escolhido como membro da Comissão da Verdade do ANDES-SN  (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior). São três membros efetivos. A comissão vai apurar crimes de tortura, prisão, assassinatos, exílios, aposentadorias compulsórias,e  ntre outros, promovidas pela ditadura militar, no período entre 1964 e 1985, contra docentes universitários.

A criação do grupo havia sido deliberada em março de 2013, durante o 32° Congresso do ANDES-SN, no Rio de Janeiro. Hélvio  foi um dos propositores da criação do grupo. A Comissão iniciará os trabalhos no mês de agosto deste ano. De acordo com o professor da Guarapuava, a  ideia surgiu quando se percebeu que era necessário que os trabalhadores também fizessem sua própria comissão da verdade, uma vez que há várias discordâncias em relação à forma como foi constituída e como trabalha a Comissão Nacional da Verdade. “A proposta foi apresentada para que o “ANDES-SN também constituísse a sua comissão da verdade, e contasse a sua própria versão da história dos trabalhadores, que foram perseguidos torturados e mortos no período de 64 a 84, conforme foi aprovado no congresso”. Segundo o representante da Adunicentro, os delegados do 32º Congresso do ANDES-SN, ocorrido em março no Rio de Janeiro, aprovaram ainda que o trabalho da comissão não fique restrito aos docentes e se debruce sobre casos envolvendo o conjunto da comunidade acadêmica.

“A expectativa é grande. Um dos setores que teve o maior número de pessoas perseguidas, demitidas, torturadas e executadas durante o período de ditadura militar está dentro das universidades e boa parte desses casos não veio à  tona e continuam às margens da discussão”.

A comissão vai atuar conjunto com o Grupo de Trabalho de História do Movimento Docente (GTHMD) para definir o plano de trabalho, funcionamento e atividades a serem desenvolvidas. As seções sindicais serão convocadas a participar do encontro

O docente ressalta que é extremamente importante que haja envolvimento das seções sindicais no processo e a integração da Comissão da Verdade do ANDES-SN com aquelas já constituídas em algumas seções sindicais. “É fundamental que as comissões locais se comuniquem com a comissão nacional, porque elas poderão subsidiar os trabalhos através da coleta de documentos, realização de entrevistas. Isso facilitará o trabalho e possibilitará que tenhamos um relatório muito mais amplo”.

A Comissão da Verdade do ANDES-SN deverá apresentar o primeiro relatório  no 33º Congresso da entidade,  para avaliação dos delegados.

Com Adunicentro