O MAPA proibiu o uso do produto em animais de terminação, devido ao risco de contaminação dos alimentos com resíduos de avermectinas. A normativa serve para orientar o produtor rural a ficar atento aos animais confinados, que vão para o abate.
Segundo o presidente do Conselho de Sanidade Agropecuária (CSA) de Guarapuava, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, o descumprimento da normativa pode criar muitos problemas ao produtor, já que esses produtos são rejeitados no mercado externo. “Além de ter problemas com isso o produtor perde dinheiro, por estar usando um produto extremamente eficiente em curto prazo. O ideal é usar algum outro princípio ativo, mais barato e com residual menor para animais de abate”, acrescenta Botelho.
Ele afirma que a avermectina, composto por um grupo de substâncias químicas, é um excelente vermífugo, controlando tanto os vermes internos quanto parasitas externos, mas que portanto, é preciso uma conscientização do produtor, “O que acontecia é que em alguns animais usava-se o vermífugo e com menos de 30 dias estavam eles eram abatidos, e com isso, o vermífugo continuava na carne”, explica Botelho.
Em função da detecção destes produtos na carne brasileira, o país perdeu em 2009 mais de R$ 100 milhões em exportações de carnes para os EUA. Contudo, o risco da contaminação dos alimentos também ocorre com os consumidores do mercado interno que representam mais de 75% do consumo da produção nacional de carnes.
Esta medida deve ser amplamente divulgada entre os produtores, uma vez que em bovinos em regime de engorda destinados ao abate não poderá ser administrado antiparasitário com princípios ativos do grupo das avermectinas: abamectin, doramectin e ivermectin.
RECOMENDAÇÕES PARA O USO RESPONSÁVEL
1. Utilize somente produtos registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
2. Consulte sempre um médico veterinário.
3. Leia atentamente as informações da bula, rótulo-bula, cartucho-bula, rótulo, cartucho ou invólucro.
4. Cuidado ao utilizar vários produtos ao mesmo tempo.
5. Administre o produto corretamente.
6. Suspenda o uso do produto por reações inesperadas
7. Observe o princípio ativo.
8. Compre sempre produtos de uso veterinário de fabricantes, importadores, distribuidores e estabelecimentos comer registrado no MAPA.
9. Fique atento para a dose correta e a duração do tratamento.
10. Período de retirada (ou de carência) do produto veterinário: o período de retirada (ou de carência) para cada espécie animal deve obrigatoriamente constar da bula, rótulo-bula, cartucho-bula, rótulo, cartucho ou invólucro.
11. O usuário é responsável pelo uso indevido do produto veterinário.