No dia 19 de maio de 2022, um grave acidente de caminhão mudou completamente a vida de Daniel Rodrigues, um motorista experiente que ficou preso nas ferragens e acabou tendo as pernas amputadas. Desde então, Daniel tem enfrentado o processo de recuperação com determinação e otimismo.
Após o acidente, ele recebeu o encaminhamento para a Policlínica Guairacá, onde iniciou o tratamento com o objetivo de fortalecer o corpo e adaptar-se a uma nova realidade. Sob a supervisão de uma equipe dedicada de acadêmicos e profissionais de saúde, ele tem passado por sessões de exercícios especializados e acompanhamento constante para reabilitação.
Comecei a usar cadeira de rodas, mas só para sair. Em casa eu colocava joelheira e andava de joelho. Na clínica fiz todo tipo de exercício para fortalecer o coto e braços.
Graças ao esforço contínuo de Daniel e ao apoio da equipe, os resultados têm sido bastante significativos. A determinação tem inspirado tanto os profissionais de saúde quanto outros pacientes da clínica, conforme apontou Lívia Mendes, acadêmica de Fisioterapia que fez os atendimentos.
Minha experiência com ele foi muito legal. Fiquei um pouco insegura, por ser uma situação nova, mas ele me surpreende a cada dia. Sou muito grata por ter passado por essa experiência que com certeza vai agregar muito na minha vida profissional.
Recentemente, Daniel deu mais um passo em direção à nova realidade ao iniciar as atividades para a adaptação de próteses. Dessa forma, ele está aprendendo a utilizá-las para recuperar a mobilidade e independência. “Nesse início a gente fica um pouco sem equilíbrio, mas a sensação de voltar a andar é muito boa. Muito melhor que usar o joelho”.
PROJETO
Daniel recebe atendimento por meio de um projeto especial de acompanhamento fisioterapêutico à comunidade via Sistema Único de Saúde (SUS). O projeto iniciou em 2011 na UniGuairacá, e é conduzido por acadêmicos a partir do quinto período, de forma voluntária.
De acordo com o professor Clauberto Medeiros de Souza, coordenador do projeto, no quinto período o aluno vem voluntariamente para desenvolver habilidades na área. Isso vai desde avaliar o paciente até tratar patologias.
O objetivo é oferecer uma maior prática clínica. Ele acaba aprendendo antes mesmo de chegar ao estágio obrigatório do curso, porque recebe o paciente e tem muitas dúvidas. Isso faz com que ele vá em busca de mais conhecimento para um atendimento completo. Vemos que todos evoluem, se sentem mais confiantes.
Ao fim do semestre, os voluntários se reúnem para trocar experiências. Assim, eles também recebem uma devolutiva dos atendimentos para que possam evoluir profissionalmente.
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