22/08/2023
Cotidiano

Projeto social gera renda a mulheres

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Lizi Dalenogari, da Redação

Briani Antunes é uma jovem mãe de 28 anos moradora no bairro Feroz. Dedicava seu dia a dia exclusivamente ao marido e aos filhos Brielly, 12 anos, Gabriel, de 10 anos e Eduardo, de 5. A rotina dos afazeres domésticos já havia roubado sua motivação há muito tempo. Aproveitava o horário em que as crianças estavam na escola para navegar pela internet, mas nada do que via agregava alguma coisa para sua vida e de sua família.

Foi quando recebeu um convite para participar do projeto Tecendo Amor, desenvolvido pela Secretaria de Assistência Social da Prefeitura de Guarapuava. “Hoje dedico meu tempo livre para fazer trabalhos em crochê. Havia aprendido o básico com minha sogra, que é uma verdadeira mãe pra mim, e aqui no projeto estou aperfeiçoando cada dia mais. Já penso em ter meu marido como sócio”, diz sorrindo.

A vida de Briani modificou completamente. “Quando posso trago as crianças e elas ficam brincando com os filhos das minhas colegas. Aqui me distraio, faço amizade e ainda produzo artesanato que me garantem uma fonte de renda extra. As instrutoras são formidáveis e a coordenadora (Vandeca Bochenek) é uma luz para todas nós. Nos inspiramos nela. Minha auto estima é outra. Estou muito feliz e como sou muito interessada em aprender, agora utilizo a internet apenas para pesquisar novos modelos. Utilizo como uma ferramenta positiva para aperfeiçoar o meu trabalho”, conta.

A exemplo desta jovem mãe, cerca de 1,4 mil participantes distribuídas em 70 grupos implantados nos bairros e distritos de Guarapuava, compõem o protejo Tecendo Amor que tem empoderado mulheres pelos quatro cantos da cidade. O mais fascinante certamente é o fortalecimento de vínculos, um dos principais objetivos do projeto. “A partir do momento que esta mulher resgata sua auto estima e reconhece e aposta em suas capacidades, tudo a sua volta se modifica. Seu marido passa a valorizá-la mais já que participa ativamente da tarefa de suprir as necessidades da casa. Seus filhos se alegram ao ver a mãe feliz e ela, verificando estas mudanças, fará de tudo para se aperfeiçoar cada vez mais, gerando benefícios para toda a família”, explica Vandeca.

Os grupos se reúnem semanalmente com o intuito de produzir e vender os artesanatos, gerando uma renda extra. “No início de cada turma, fazemos questão de deixá-las a par de como funciona o projeto e deixamos claro que a nossa união fará a diferença no resultado mensal. Juntas nos fortalecemos trocando experiências e fazemos o nosso fundo de caixa para adquirirmos materiais para produzirmos e comercializarmos em seguida”, destaca Simone Maria dos Santos, coordenadora do projeto no bairro Feroz.

O projeto tem a parceria de igrejas e associações, que cedem os espaços para o funcionamento do projeto e a organização de bazares e feiras. A professora Kezia da Costa Kloster, que coordena um dos grupos da Associação Betel, utiliza o dinheiro que ganha para contribuir com a igreja e com o orçamento da casa. "O que eu arrecado com minhas vendas, eu ajudo a igreja. O restante acrescento na renda mensal de casa”.

Cristina Esteche

Jornalista

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