Marcada para a próxima terça (18), a primeira edição da Prova Paraná em 2020 foi pensada de modo a incluir todos os estudantes da rede estadual de Educação com necessidades especiais. Assim, para que isso seja possível, foram impressas provas diferenciadas para alunos cegos ou com baixa visão. Além disso, serão repassadas orientações específicas às escolas a respeito da aplicação do teste a jovens da Educação Especial.
No total, a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte, em parceria com os Centros de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAPs) do Paraná, produziu 1,2 mil provas ampliadas. Além disso, 141 avaliações escritas em Braille, atendendo a todos os alunos com necessidades especiais. Os estudantes cegos que não dominam o sistema Braille poderão fazer a Prova Paraná com auxílio do Dosvox. Programa de computador que lê textos em formato TXT.
Ainda, a pasta vai orientar as escolas quanto aos estudantes com necessidades especiais que não as relacionadas à visão. Como deficiência motora, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e surdez. Se necessário, esses alunos terão o tempo de prova flexibilizado, além do acompanhamento de um professor de apoio e até de guia-intérprete.
O secretário do Estado da Educação e do Esporte, Renato Feder, afirma que a partir do momento em que a Prova Paraná se destina a diagnosticar o ensino de todo o Estado. Assim, esse papel será alcançado apenas se todos os estudantes tiverem condições de participar.
“Com as provas e orientações específicas voltadas aos estudantes com necessidades especiais, vamos garantir que todos os alunos da rede tenham condições de participar da Prova Paraná. Que é um instrumento importantíssimo para identificarmos o que de fato está sendo aprendido pelos nossos jovens, bem como quais são suas maiores dificuldades”, afirma.
PRODUÇÃO
Para produzir as provas em Braille, os profissionais especializados recebem, primeiro, a avaliação impressa em tinta, para depois realizar a tradução, ou seja, adaptar a prova para o sistema.
“O sistema Braille é um código universal de leitura e escrita usado por pessoas cegas, que consiste na combinação de seis pontos em relevo, dispostos em duas colunas, que possibilitam a formação de 63 símbolos diferentes. São representadas letras, algarismos e sinais de pontuação”, explica Miria de Souza Fagundes técnica pedagógica do Departamento de Educação Especial da Secretaria da Educação.
Para as provas de Matemática, além da descrição em Braille, foram produzidas formas geométricas em alto-relevo. Miria explica que se trata de um trabalho artesanal que utiliza materiais como linha, barbante e folhas de espuma vinílica acetinada (EVA).
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