22/08/2023
Blog da Cris

Quando o amarelo do ipê nos toca a alma

Setembro chegou, e com ele, Guarapuava se veste de gala. Não é uma festa qualquer, mas a celebração silenciosa dos ipês-amarelos

Ipê amarelo

Setembro chegou, e com ele Guarapuava se veste de gala. Não é uma festa qualquer, mas a celebração silenciosa dos ipês-amarelos. Eles não pedem licença, simplesmente explodem em cores, pintando nossas ruas com um ouro vivo, capaz de roubar o fôlego de quem passa apressado. São árvores velhas, como aquelas existentes na Praça 9 de Dezembro, testemunhas de décadas e séculos de história, que se unem a jovens e pequenas mudas em um espetáculo de pura vitalidade, ali na Rua Saldanha Marinho.

Esse amarelo não é só uma cor; é uma declaração. Ele nos faz lembrar do brilho que mora na bandeira do nosso Brasil, um amarelo que representa as riquezas, o ouro que emana da nossa terra. Neste mês, a riqueza de Guarapuava não está em cofres, mas nas copas dessas árvores, que parecem espalhar partículas de luz por todo lado.

E a ironia, ou talvez a mais bela coincidência, é que este amarelo é o mesmo do ‘Setembro Amarelo’. A cor que, no Brasil, se tornou símbolo da campanha de prevenção ao suicídio. O ipê nos lembra que, mesmo nos dias mais cinzentos e frios do inverno que se despede, a vida tem a capacidade de florescer. Que, por mais que a paisagem pareça seca e sem cor, há sempre um potencial de beleza, de vida e de esperança à espera de sua chance para se revelar.

Beleza à nossa espera

O ipê nos dá essa lição: a de que a beleza está na espera, no cuidado e na persistência. De repente, a cidade ganha um novo olhar. O caminho para o trabalho, a volta para casa, a praça… tudo ganha um tom de poesia. Olhamos para o alto, e lá está ele, o ipê, nos convidando a respirar fundo, a apreciar o que floresce e a lembrar que, por mais escura que a noite seja, o sol sempre volta a nascer.

Que o amarelo do ipê de Guarapuava não seja apenas uma paisagem, mas um lembrete. Um lembrete de que a vida, assim como a floração, é cíclica. É feita de lutas e belezas. E que a esperança é uma semente que, se cuidada, floresce e transforma tudo ao seu redor.

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Cristina Esteche

Jornalista

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