Readequação do aeroporto terá custo de R$ 120 milhões

A ampliação da infraestrutura aeroportuária em Guarapuava não se trata apenas de uma obra de engenharia. Mas de uma política econômica regional de longo alcance. Com o projeto de expansão da pista para 1.800 metros de comprimento e 45 metros de largura, o Aeroporto Regional Tancredo Thomas de Faria será habilitado a receber aeronaves de grande porte. São aeronaves como o Boeing 737 MAX e o Airbus A320, ambos referência mundial na aviação comercial.

Contratado por entidades representativas do setor produtivo o projeto é exemplo claro do papel estratégico das parcerias público-privadas. O projeto conta com o patrocínio da Acig, Fiep, Sindicato Rural, Sindusmadeira, CDL, Sindirepa e Sindimetal. São, portanto, entidades que atuam como aceleradoras de investimentos em infraestrutura, especialmente em um cenário de restrições fiscais. A antecipação técnica, conforme essas entidades, busca garantir a inserção do projeto nos orçamentos estadual e federal já em 2025. O investimento soma R$ 120 milhões.

De acordo com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Julio Agner, com a conclusão das atualizações dos projetos de pista e terminal, o município avança agora para a etapa burocrática necessária. A meta é garantir o financiamento do Governo do Estado. “Agora nós temos que buscar os recursos, há alguns projetos complementares que precisam ser adequados e anexados juntamente com o arquitetônico, com o da pista e com o do pátio. E a partir daí, corremos contra o tempo para que a gente consiga fazer a licitação até abril do ano que vem.”

INVESTIMENTO ESTRUTURAL

A ampliação do aeroporto representa mais do que uma melhoria na mobilidade. Trata-se de um investimento estrutural com potencial de transformar a posição logística de Guarapuava no mapa econômico do Paraná. Além da nova pista, o projeto inclui a instalação de área de segurança (Resa), balizamento com iluminação LED, cercamento operacional conforme as normas mais recentes. Além da construção de um novo terminal de passageiros com 4.185 m², capaz de atender até três companhias aéreas simultaneamente.

Essas atualizações alinham o aeroporto às exigências da aviação civil moderna e elevam a capacidade de atrair novos negócios. Assim como aumentar o fluxo de passageiros e impulsionar o turismo e o setor de serviços. Em suma, é uma alavanca de competitividade regional.

O DESAFIO FISCAL E O COMPROMISSO POLÍTICO

Com a etapa técnica consolidada, o desafio agora é correr atrás dos recursos necessários para tirar o projeto do papel. A fase atual exige articulação institucional, preparo documental e forte capacidade de negociação. O prefeito Denilson Baitala (PL) assumiu esse compromisso publicamente e chamou para si a responsabilidade de buscar os R$ 120 milhões necessários junto ao governo estadual. O prazo é curto já que a meta é licitar a obra até abril de 2026.

A mobilização em torno do projeto, reforçada pela presidente da Acig, Marinês Guiné, reflete a percepção de que o aeroporto é peça-chave para destravar o potencial de Guarapuava como polo de desenvolvimento regional. A infraestrutura, nesse contexto, deixa de ser apenas suporte logístico e passa a ser motor de crescimento.

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