22/08/2023
Cotidiano

Retirada de cerca que protege horta comunitária gera polêmica no Xarquinho; empresa culpa a Prefeitura

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Guarapuava – Moradores do Bairro Industrial Xarquinho estão indignados com a destruição de uma cerca de arame que protege uma horta comunitária que,s egundo eles, existe desde 2004.
O presidente da Associação de Moradores do local, Luis Antonio Vicentim, disse à imprensa que há tempos a comunidade planta no local e que na manhã de hoje, terça-feira, dia 7, um funcionário da empresa Repinho “arrancou” a cerca de arame dizendo que será retirada terra do local para terraplanar uma outra área.
Reclamações de moradores, a maioria de aposentados, engrossam as palvras do presidente. “Eu sou aposentado, ganho muito pouco e tenho que plantar uma verdurinhas para poder comer”, diz “seo Pedro”. Dona Ondina, que também é aposentada se diz a responsável pela horta. “Já fui na Prefeitura pedir ajuda e mandaram eu continuar cuidando e por as pessoas para trabalhar na horta e mais nada”, se queixa.
Joari Martins, um dos funcionários do primeiro escalão da Repinho, esclarece o caso. Segundo ele, a empresa está ampliando suas atividades ao construir uma nova unidade atrás da Guaratu – empresa de compensados que compõe o Grupo Repinho.
Por isso, a Prefeitura está abrindo uma nova rua que também vai receber pavimentação asfáltica. “Quem precisa de terra para terraplanagem da rua é a Prefeitura e não a empresa”, afirma.
Para agilisar o trabalho pela pressa que a empresa tem na execução da obra (abertura da rua), a pedido da Prefeitura, a Repinho colocou um funcionário à disposição para transferir a cerca e proteger o espaço onde a horta está plantada. “Ninguém foi lá para arrancar a cerca e acabar com meia dúzia de pés de mandioca plantados no local. O que queríamos é cercar essa plantação para não ser prejudicada e só fizemos isso a pedido da Prefeitura. Não precisamos prejudicar ninguém, pelo contrário, a empresa só beneficia o bairro. Basta ver os projetos sociais que são desenvolvidos pela Repinho. Não precisamos de terra, pois nossa área é plana. Quem precisa de terra é a Prefeitura”, ratifica.

Cristina Esteche

Jornalista

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