22/08/2023
Cotidiano Guarapuava

Retirada do ‘Trevo do Cavalo’ é proposta pelo Plano de Mobilidade Urbana

'Trevo do Cavalo' gera conflito diário em horário de 'rush' oferecendo perigo a motoristas e pedestres no trecho principal de acesso à Guarapuava

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Retirada do ‘Trevo do Cavalo’ é proposta pelo Plano de Mobilidade Urbana (Foto: PMU)

Um dos pontos mais críticos do trânsito em Guarapuava possui solução prevista no Plano de Mobilidade Urbana. Trata-se da rótula implantada na avenida Manoel que converge com a rua Inácio Karpinski e com a avenida Sebastião de Camargo Ribas. É ali que está  ‘Estátua do Cavalo’, como denominou-se o monumento de Diogo Pinto de Azevedo Portugal. Conforme a História, ele é dos desbravadores de Guarapuava. Nesse local o perigo anda a galope colocando em risco a vida de motoristas e pedestres, principalmente, nos horários de ‘rush’.

(Imagem: PMU)

Entretanto, segundo o PMU, a solução é simples. A partir de uma contagem do volume de veículos que trafegam pelo local, o plano contempla a retirada da rótula. Conforme a proposta, trata-se da implantação um sistema binário entre a avenida Sebastião de Camargo Ribas e a rua Inácio Karpinski. Desse modo, o trânsito fluiria na Sebastião subindo para o Detran. Já o sentido contrário seria pela Inácio Karpinski. Desta rua ‘abriria’ para o canteiro da Manoel Ribas, atravessando ao lado onde há uma agência da Caixa Econômica Federal, seguindo à Rodoviária Municipal.

Avenida após a retirada do monumento (Foto: PMU)

Já quem vem do trevo principal de acesso o Centro da cidade, segue direto na Manoel Ribas. Todavia, no sentido contrário, ou seja, quem sai do Centro no sentido BR-277 também tem passagem livre. Conforme o PMU, a implantação de um semáforo sincronizado entre a avenida Sebastião de Camargo Ribas e a rua Inácio Karpinski ordenaria o fluxo de veículos.

A ESTÁTUA

A estátua de Diogo Pinto de Azevedo Portugal montado em um cavalo marcou a programação alusiva aos bicentenário da chegada da primeira expedição de colonização às terras de Guarapuava. Assim, em 17 de junho de 2010, a avenida ganhou o monumento que homenageia o comandante da Real Expedição de Conquista do Povoamento dos Campos de Guarapuava. Ele chegou em 17 de junho de 1810 e fez construir o Fortim Atalaia, para  abrigar as primeiras tropas, familiares e povoadores que dela fizeram parte. Entretanto, o Fortim serviu para se contrapor à resistência dos indígenas habitavam a Região (Camés, Votorões e Cayeres ou Dorins).

Entretanto, a estátua gerou polêmica na cidade pela diferença entre o tamanho do animal – muito maior – e o do desbravador. Por isso, é conhecida popularmente como o ‘Trevo do Cavalo’.

SUGESTÃO

Caso a proposta do Plano de Mobilidade Urbana para a Avenida Manoel Ribas seja efetivada, a estátua poderia fazer parte da Casa do Imigrante. Localizada na rua São Paulo, 520, a Casa do Imigrante é um dos pontos turísticos da cidade. Além disso, abriga a Secretaria Municipal de Turismo e Eventos.

O PLANO

Audiência pública sobre o PMU (Foto: Secom/Prefeitura)

O Plano de Mobilidade Urbano ficou concluído após oito meses de estudos por equipe da Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) e de empresas especializada no setor. Audiências públicas garantiram a participação da sociedade. De acordo com diretor da Urbetc, Gustavo Taniguchi, entrevistas envolvendo 1.750 usuários do transporte coletivo, pedestres, ciclistas pautaram o estudo. A partir disso, a Câmara de Vereadores aprovou o PMU em sessão de 12 de dezembro de 2019.

Além da proposta para a fluidez do trânsito no trecho de conflito da Avenida Manoel Ribas, o PMU contempla propostas de soluções para todo o sistema viário de Guarapuava. Portanto, trata-se de uma reestruturação dos eixos de desenvolvimento definidos para o município. Isso inclui melhoria na fluidez, nível de serviço adequado para desempenhar  função na hierarquização viária. Para isso, a proposta é a eliminação de barreiras que reduzam desnecessariamente o nível de serviço para o tráfego geral. Além da diminuição de conflitos viários. E ainda o aumento da segurança nas travessias de pedestres, viabilidade de melhor acomodação de novos modais na via pública, em especial pedestres e ciclistas.

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Cristina Esteche

Jornalista

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