22/08/2023
Guarapuava Segurança

Rodolpho Scherner Neto sai da cadeia menos de um ano após condenação

Menos de um ano após ser condenado por ter atropelado e causado a morte de uma idosa de 70 anos, Scherner Neto saiu da cadeia nessa terça (1)

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Scherner Neto teria omitido socorro após atropelar a idosa (Foto: Arquivo/RSN)

Rodolpho Scherner Neto sai da cadeia menos de um ano após condenação de mais de 18 anos por atropelar e causar a morte de Filomena Schepansky de 70 anos, em janeiro de 2020. Assim, ele passou a ter direito a cumprir pena no regime semiaberto ‘harmonizado’ a partir dessa terça (1). A justificativa para a soltura é de que ele trabalhou durante o período em que esteve preso. Bem como participou de outras atividades que reduziam a pena.

A decisão judicial indica que como não há possibilidade de cumprimento deste tipo de regime em Guarapuava, o condenado cumprirá em regime aberto. Dessa forma, ele vai ser acompanhado por meio de monitoramento eletrônico.

O alvará de soltura traz as condições que Rodolpho deve cumprir fora da cadeia. Entre elas, ele não vai poder tirar ou danificar a tornozeleira eletrônica em nenhuma hipótese. Bem como não pode sair do município em que declarou residir sem autorização prévia da Central de Monitoramento do Departamento de Polícia Penal (Deppen).

Conforme as informações, ele só pode voltar para a cadeia se descumprir qualquer uma dessas determinações ou cometer outro crime.

FAMÍLIA

De acordo com o filho de Filomena, Thiago Dias, embora a condenação não tivesse devolvido a vida da mãe, a família entendeu que a Justiça tinha sido feita. Agora, após o condenado sair da cadeia, a família diz que se sente impotente perante a Justiça.

A família de Dona Filomena Chepanski já foi oficializada quanto a soltura de Rodolpho. Para a família o que permanece, o que fica além da saudade e legado de Dona Filomena, Avó e Mãe Zelosa, Cidadã Honesta é a orientação para pais e mães ‘não colocarem a peneira na frente do sol’ quando seus filhos(as) tem sérios problemas… Que Deus sempre abençoe pais e mães de família na evangelização e na educação de seus filhos(as).

DEFESA

O advogado Allan Quartiero, que defende Rodolpho, afirma que a soltura do condenado é um “cumprimento das normas da lei de execução penal”. Conforme ele, “houve por parte dos defensores o manejo do recurso junto ao tribunal de justiça do Paraná em razão do inconformismo da aplicação da pena aplicada pelo juízo, a quo’”.

Com o manejo do recurso da defesa levamos até o tribunal que a solução da pena estava incorreta, sendo o recurso recebido e julgamento procedente as razões da defesa, reduzindo assim o quantum da pena aplicada pelo juiz de Guarapuava.

Ainda de acordo com a defesa, Rodolpho “já vinha cumprindo provisoriamente a pena” antes da condenação. Dessa forma, ele atingiu os “requisitos subjetivos e objetivos para a progressão do regime”. O advogado afirma que, agora, ele se beneficia com a “previsão legal que todos os condenados têm direito”.

Hoje o Rodolpho está cumprindo sua reprimenda com monitoração eletrônica, tendo obrigações a cumprir conforme determinação aplicada pela juíza da Vara de Execução Penal de Guarapuava.

RELEMBRE O CASO

Rodolpho Scherner Neto foi condenado a 18 anos, um mês e cinco dias em regime fechado pela morte de dona Filomena Schepansky de 70 anos, em janeiro de 2020. O julgamento ocorreu em maio de 2021. De acordo com a juíza Suzan Nataly Dayse Perez da Silva, a somatória da pena resultou também pela fuga e direção perigosa.

Além disso, os jurados entenderam que o condenado dirigiu em alta velocidade e fazia manobras na madrugada. Na avenida onde o atropelamento ocorreu a velocidade máxima permitida é de 60 Km/h. Rodolpho conduzia a BMW a 101 Km/h, segundo o laudo pericial.

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Antunes

Jornalista

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