A Secretaria Municipal de Saúde divulgou na noite dessa sexta (20), um balanço da situação da covid-19 em Guarapuava considerando as informações coletadas desde o início da Pandemia até o Boletim Epidemiológico de quinta (19).
Desse modo, os dados apresentam a faixa etária, sexo, fatores de risco. Conforme o setor de Epidemiologia da Vigilância Sanitária, dos 2.105 casos confirmados até a quinta (19), a maioria faz parte do grupo de jovens e adultos, 1.622 pessoas, com idade entre 20 e 60 anos, 74,05% do total. Já na faixa etária entre 20 e 40 anos, a porcentagem é de 43,84% do total, com 923 pessoas contaminadas.
CONTAMINAÇÃO
De acordo com Lívia Martins Santos, responsável pelo Call Center, que faz acompanhamento dos pacientes com covid-19, boa parte do aumento do número de casos no último mês, conforme o relato das pessoas atendidas, se deve à contaminação que ocorreu em momentos de descontração.
Ainda conforme Santos, as pessoas deixaram se proteger por estarem entre amigos ou familiares em casa ou ambientes como bares e baladas (antes da suspensão pelo último decreto municipal). Com isso, deixaram de usar máscaras e álcool em gel, compartilhando objetos ou não mantendo o distanciamento.
Temos registro de casos em casamentos, churrascos, reuniões familiares, especialmente durante os últimos feriados, que levaram a um aumento considerável do contágio. A maior circulação de pessoas durante o período eleitoral também contribuiu para a elevação dos índices, assim como nas demais cidades do Brasil. Por outro lado, há casos de pessoas que viajaram e voltaram contaminadas e outras que vieram de outros lugares e chegaram aqui doentes.
Entre os casos confirmados, a maioria é de mulheres, com 1.102. Os homens somam 1.003 casos. Durante toda a pandemia, também foram registrados 86 casos de crianças com idade de até 10 anos.
Já no público considerado mais vulnerável, com idade superior a 60 anos, foi registrado o contágio de 219 pessoas (10,4%).
MORTALIDADE
Quanto à mortalidade, até essa quinta (19) houve a confirmação de 22 mortes com resultado de exame RT-PCR positivo para Coronavírus por meio do Lacen. Entretanto, nessa sexta (20), um homem de 36 anos morreu no Hospital Regional, aumentando para 23 o número de mortes no município.
Das vítimas, 16 (72%) são mulheres. Conforme a Saúde, todos os pacientes que morreram apresentaram alguma doença pré-existente ou histórico de saúde com identificação de fatores de risco que dificultam a resposta imunológica do paciente diante de um quadro mais grave de covid-19.
No entanto, de acordo com a Saúde, não é possível afirmar que isso é um fator determinante para a morte. As doenças mais recorrentes são hipertensão (pressão alta), doenças cardiovasculares (problemas que afetam o coração), diabetes e obesidade. Entre as 22 mortes registradas até quinta (19), duas foram de pessoas tabagistas. Outros pacientes apresentaram doenças respiratórias, neoplasia e problema renal.
SITUAÇÃO DOS LEITOS
De acordo com a Saúde, a consulta da taxa de ocupação de Leitos de UTI e enfermaria para pacientes da covid-19 é disponibilizada pelo Governo do Estado, a partir de dados enviados diretamente pelos hospitais. Não há intermediação da Secretaria Municipal de Saúde.
Poucas semanas após a transferência dos pacientes internados na UTI do Hospital São Vicente para o Hospital Regional, houve mudança no modo de divulgação. Todos os dias a Coordenação de Regulação do Acesso aos Serviços de Saúde publica o boletim atualizado no site oficial do Estado sobre o Coronavírus, na página da Transparência Leitos Sus.
A Secretaria de Saúde e a Administração Municipal, tendo em vista a elevação dos casos e internamentos na última semana, já solicitaram ao Governo do Estado a ampliação do atendimento com o funcionamento de mais UTI’s no Hospital Regional e a reativação da UTI covid do Hospital São Vicente para pacientes do SUS.
Portanto, o pedido leva em consideração que o Hospital Regional é referência para pacientes de 20 municípios pertencentes à 5ª Regional de Saúde, com população de cerca de 500 mil habitantes, além de receber pessoas vindas de outras Regiões do Estado. Conforme o secretário municipal de Saúde, Jonilson Pires, o pedido já está com os órgãos competentes.
Esperamos que o governo estadual responda rapidamente às necessidades apresentadas nesse momento para garantirmos um bom atendimento a todos que precisarem! Além disso, ampliamos o nosso monitoramento e reforçamos as ações da secretaria. No entanto, mais do que nunca, é importante mantermos as medidas preventivas que são o método mais eficaz para combatermos o vírus. Lembramos que o compromisso também é individual/familiar de evitar mais contaminações.
FISCALIZAÇÃO
Desde o mês de março, a fiscalização atua na linha de frente da prevenção com orientações e o cumprimento das medidas determinadas nos decretos municipais de forma continua e eficaz. Conforme o Diretor Departamento de Arrecadação e Fiscalização, Adão Monteiro, neste momento, houve reforço nas abordagens, para evitar o descumprimento de todas as regras que estão vigentes.
“Devido ao trabalho intenso de fiscalização, o comércio se conscientizou e se adequou em sua grande maioria de forma tranquila. Claro que existem aqueles que ainda encaram o vírus como “brincadeira” não cumprindo as medidas de prevenção e segurança, colocando sua vida e a dos outros em risco. Mas estes tiveram que aprender a cumprir as medidas através de restrições administrativas, autos de infração e até mesmo interdições”.
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