Sergipe derrota Paraná na final do Brasileiro de Seleções

Aracaju (SE) – Sergipe ficou com o título do Campeonato Brasileiro de Seleções, categoria adulta, ao vencer a seleção do Paraná na final nos pênaltis, pelo placar de 3 a 2, depois de um empate em 3 a 3 no tempo normal e de 0 a 0 na prorrogação. É o primeiro título de Sergipe na história da competição, em confronto ocorrido na manhã deste sábado em Aracaju (SE).
A melhor colocação até então de Sergipe no Campeonato Brasileiro de Seleções havia sido em 1997 quando alcançou o quarto lugar. O Paraná, por sua vez, acabou sendo novamente vice-campeão do torneio, posição que havia conquistado em 2005, na última edição em São Paulo (SP).
Quem chegou com perigo em um primeiro instante foi o Paraná, em finalização de Henrique, que bateu cruzado para fora depois de passe de Dionízio. Mas em seu segundo lance os paranaenses marcaram seu primeiro gol. Bolinha recebeu em diagonal da direita para a esquerda e bateu cruzado para abrir o placar.
Pouco depois, porém, Sergipe chegou ao empate. Em jogada ofensiva pela esquerda, Pernambuco recebeu bom passe em profundidade e bateu forte, no ângulo do goleiro Brigadeiro que não conseguiu a defesa. Na sequência, em outro chute da seleção de Sergipe, Brigadeiro fez grande intervenção.
Os donos da casa não tinham maior tempo de posse de bola, mas se aproveitavam bem dos contra ataques chegando muitas vezes com perigo à meta do goleiro Brigadeiro, que realizava defesas seguras. O Paraná também criava, mas o goleiro Geu era menos exigido que seu colega adversário.
Dentro desse panorama quem acabou marcando mais uma vez foi Sergipe. Em boa jogada pela esquerda de ataque a seleção sergipana chegou ao seu segundo gol. Naldinho fez boa jogada pela esquerda e cruzou para Pita marcar o gol da virada para os donos da casa.
A vitória parcial para a seleção de Sergipe parecia seguir para o intervalo de partida, mas no último minuto os paranaenses chegaram a mais um empate. Dionízio recebeu na entrada da área, um pouco pela direita, e bateu forte. A bola desviou na marcação e enganou o goleiro Geu.
O empate seguiu para o segundo tempo quando o Paraná voltou disposto a ter novamente a vantagem no placar. E com muita técnica o time chegou lá. Depois de grande jogada ofensiva pela esquerda a bola chegou até o domínio de Henrique que driblou o goleiro Geu e marcou um bonito gol.
Nos últimos minutos o técnico Ney Pereira arriscou e colocou Fabinho como goleiro-linha. E o resultado foi bom. Depois de um cruzamento pela direita, a bola chegou até Pernambuco que escorou para o fundo das redes, empatando mais uma vez a final e levando a partida para a prorrogação.
Tempo extra e pênaltis
No primeiro tempo da prorrogação as duas equipes não se arriscaram muito. Tanto Sergipe quanto Paraná criaram algumas chances, mas sem exigir defesas mais difíceis dos goleiros adversários.
Na segunda etapa os goleiros foram um pouco mais exigidos, mas o resultado de empate prevaleceu. Na cobrança de pênaltis Sergipe acabou levando a melhor com vitória por 3 a 2, ficando com o título da competição.
Vale lembrar que nos pênaltis o goleiro Brigadeiro, do Imperium/ TIM Cellutel/ PMGuarapuava defendeu dois pênaltis, mas a equipe paranaense desperdiçou 3 cobranças, deixando escapar o título.
Mas, se por um lado o título não veio, a equipe paranaense ficou com os dois prêmios extras da competição. O troféu de artilheiro da competição acabou com Bolinha, pivô do Paraná, que marcou seis gols na fase decisiva da competição, disputada durante esta semana em Aracaju (SE).
O atleta disse ter ficado feliz com o título, mas lamentou a perda do título. “Fica um gosto amargo, pois a nossa vontade era de ter ficado com o título. Mas creio que nessa final faltou um pouco mais de marcação e agressividade por parte da nossa equipe, que acabou culminando com a não vitória por nossa parte.”
Além da artilharia os paranaenses conquistaram também o Troféu Fair Play como equipe mais disciplinada e organizada da competição, ficando à frente do Ceará, que acabou como segundo colocado na disputa do prêmio que homenageia o Jogo Limpo.
O técnico paranaense, Adolpho Amorim, lamentou a derrota que foi muito parecida com 2005. “Mais uma vez ficamos com o vice-campeonato mesmo sem ter perdido uma partida, ou seja, invictos. Comentamos no vestiário que faltou um pouco mais de pegada nessa final. Talvez seja por isso que ficamos com o vice.”
Fonte: CBFS