A Secretaria de Estado da Saúde confirmou 18 novas mortes de macacos no Paraná, somando 135 casos em animais contaminados pelo vírus da febre amarela. Conforme o boletim, destas novas mortes, cinco estão no município de Turvo; uma em Guarapuava, duas em Boa Ventura de São Roque, que até então não tinha registro.
Outras mortes foram em Antonio Olinto (3), Campo Largo (1), que também não tinha registro e Mallet (6). Além desses, os municípios de Prudentópolis, Piên, Candói, Pitanga, Rebouças, Irati também tinham registros de animais mortos pela doença. Conforme a Sesa, permanecem em investigação 199 notificações, 65 já foram descartadas e 328 indeterminadas. Os dados foram divulgados nesta quarta (18).
De acordo com o secretário da Saúde, Beto Preto, esse aumento no número de primatas mortos confirma que o vírus da febre amarela está circulando no Paraná.
Alertamos a população sobre a importância da vacina, pois essa é a forma mais eficiente e segura para prevenir a doença.
Entretanto, neste período epidemiológico, que teve início em julho do ano passado, o Paraná não registra casos confirmados de febre amarela em humanos. Porém, já foram notificados 100 casos, dos quais 16 estão em investigação e 84 já foram descartados.
VACINAÇÃO
A vacina da febre amarela confere alta taxa de proteção, acima de 95%. Conforme a Sesa, o público-alvo para vacinação é dos nove meses de vida até 59 anos. Porém, maiores de 59 anos e gestantes devem procurar orientação médica.
As doses estão disponíveis em todas as unidades de saúde dos 399 municípios do Paraná. Assim, uma única dose confere a proteção durante toda a vida. Entretanto, por orientação do Ministério da Saúde (MS), crianças com quatro anos de idade devem tomar um reforço, devido à diminuição na resposta imunológica da criança que é vacinada muito cedo.
SINTOMAS
A febre amarela é uma doença infecciosa causada por vírus que se manifesta com febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômitos, dor no corpo, pele e olhos amarelados (icterícia). Também é possível haver hemorragia (gengiva, nariz, estômago, intestino e urina) podendo levar à morte nas formas mais graves.
A doença é transmitida pela picada de mosquitos infectados. Não existe transmissão de pessoa a pessoa. Atualmente no Brasil só há registro da febre amarela silvestre, transmitida pelos mosquitos haemagogus e sabethes.
O MACACO É VÍTIMA
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde em Guarapuava, a febre amarela silvestre é uma doença infecciosa febril aguda. É causada pelo vírus da febre amarela. Assim, é transmitida por mosquitos do gênero Haemagogos a pessoas não vacinadas que entram áreas rurais, matas, rios, parques, reservas ou localidades que já tem casos confirmados da doença.
Todavia, a forma urbana da doença é quando ocorre transmissão da mesma pelo Aedes aegypti. Entretanto, isso não ocorre desde 1942. Por isso, os macacos são apenas ‘hospedeiros’ e não são transmissores da febre amarela. Para o repasse é preciso que o animal seja picado pelo Aedes aegypti e que o mosquito que também transmite a Dengue pique o ser humano.
Por fim, é preciso esclarecer que os animais não devem ser mortos.
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