Fazer "ponto" nas ruas ou trabalhar em boates ou bares como garotas de programa já está fazendo parte do passado. Homens, mulheres e travestis estão aproveitando a tecnologia para aumentar o número de clientes e a rentabilidade dos negócios. O “mercado do sexo” em Guarapuava tem a internet como uma de suas principais ferramentas.
Um levantamento realizado pela Rede Sul de Noticias, iniciado há pelo menos cinco meses, identificou aproximadamente 180 endereços relacionados ao crime de favorecimento à prostituição. São sites patrocinados e particulares, mas principalmente perfis de facebook, sem restrição de conteúdo, que incentivam a atividade sexual.
Nos sites e perfis pesquisados, homens, mulheres e travestis abusam da sensualidade para atrair os clientes com fotos picantes e em poses com conotação sexual.
Ao lado das imagens, há uma descrição com os atributos físicos da garota ou garoto de programa, como medidas do bumbum e dos seios, por exemplo, além da disponibilidade de horários, locais de atendimento e, em muitos casos, o número do telefone.
Não há valores definidos para cada programa, podendo variar de acordo com o tempo e a hora do dia em que o encontro é agendado, sendo que podem variar entre R$ 50,00 e R$ 200,00.
Os nomes utilizados por quem comercializa o corpo também são fictícios, utilizados para tentar manter a profissão oculta de amigos e familiares. Muitas das imagens utilizadas nos sites e nos perfis também não são reais, mas sim “roubadas” de outros usuários ou celebridades que têm imagens livres circulando na internet.