22/08/2023
Política

Somente a educação pode acabar com a corrupção, diz promotor

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O “jeitinho brasileiro” de enganar as pessoas é uma das causas que leva  e banaliza a corrupção no País e que teve origem na colonização portuguesa que deixou uma sociedade dividida, paternalista, clientelista e que perdura até hoje. Para mudar essa realidade somente com investimentos e valorização da educação. A afirmação foi feita pelo promotor e coordenador do Movimento Paraná sem Corrupção,  Eduardo Cambi. O projeto foi lançado nesta quinta-feira (16) em Guarapuava, no auditório da Unicentro. Cerca de 700 alunos, professores e diretores de escolas, colégios e faculdades participaram.

O Movimento tem o propósito de enfrentar a corrupção no Estado e disseminar uma cultura baseada na dignidade, na honestidade, em princípios éticos, na participação social e no exercício pleno da cidadania.
Parceria com o Núcleo Regional de Ensino vai possibilitar que várias ações sejam desenvolvidas nas escolas e colégios do Município. Atos simples como colar nas provas, furar o sinal vermelho, parecem atitudes simples, mas geram o sentimento de tolerância aos atos corruptos praticados nos mais diversos níveis da nossa sociedade. “É a cultura da esperteza , da exploração, da fraude que está embutida nos costumes e nos hábitos do brasileiro e temos que mudar esse conceito porque a corrupção é o efeito da incorporação individual desses valores”, observou o promotor.

Para se ter uma ideia do cenário nacional, o custo médio da corrupção no Brasil é R$ 45 bilhões. “Isso gera um descrédito e os efeitos são a generalização da corrupção a tudo e a todos o que dificulta a identificação de corruptos e de corruptíveis, facilitando a reprodução criminosa”, afirmou.

De acordo com o coordenador do movimento no Paraná, existem duas formas de iniciar o combate à corrupção: a prevenção e a repressão. E um bom começo está no voto. “Nós temos que votar de forma consciente para termos políticos honestos”, defende.

O lançamento do Movimento em Guarapuava contou com a participação dos promotores Claudio Cortesia, Marcelo Adolfo Rodrigues, que coordena o projeto na região central do Estado e da chefe do Núcleo Regional de Ensino, professora Marilene Salete Conte Prasel. A RPCom é parceira do movimento.

Cristina Esteche

Jornalista

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