Sonora Brasil traz o Alabê Oni a Guarapuava

Alabê Oni é o primeiro a se apresentar no Sonora Brasil

O Sesc (Serviço Social do Comércio), unidade de Guarapuava, já está distribuindo convites para mais uma edição do projeto Sonora Brasil. O tema é traz a tradição oral dos quilombolas. Tambores e Batuques terá  a primeira apresentação em 08 de maio, com o grupo Alabê Oni, do Rio Grande do Sul.

 As demais apresentações serão em 23 de setembro com o grupo Raízes do Bolão, do Amapá; 5 de novembro com Raízes do Samba de Tocos, da Bahia e 7 de dezembro com Raízes da cacete de Vacaria, do Pará. Os shows começam sempre às 20h00.

Elemento constitutivo da identidade nacional, o negro africano – uma das raças formadoras do povo brasileiro – trouxe na bagagem a sua tradição cultural e espiritual. O Sonora Brasil Para apresentar ao público paranaense o tambor, um dos itens fundamentais, e até mesmo sagrado, da cultura quilombola.

Com cânticos que fazem referências a fatos da vida social, ao trabalho e às crenças religiosas, os grupos Raízes do Bolão, do Amapá; Samba do Cacete da Vacaria, do Pará; Raízes do Samba de Tocos, da Bahia e Alabê Ôni, do Rio Grande do Sul farão apresentações em nove cidades paranaenses utilizando instrumentos fabricados artesanalmente, de acordo com as tradições de cada comunidade.

De acordo com o coordenador nacional do Sonora Brasil e assessor técnico de música do Departamento Nacional do Sesc, Gilberto Figueiredo, o intuito do projeto é levar ao país informações sobre a música brasileira que não estão disponíveis nas rádios, na televisão e, muitas vezes, nem em livros especializados. 

"Trazemos de volta o hábito das pessoas apreciarem uma obra de arte que ainda não conhecem. Vivemos um período da produção cultural em que as pessoas estão sendo cada vez mais instigadas a saírem de casa somente para cantar junto ou dançar. Quando criamos em uma plateia este hábito pelo novo damos uma contribuição para toda a produção musical contemporânea que não encontra espaço de divulgação", pontua Figueiredo.

Ao fim de cada espetáculo é entregue o público um catálogo, contendo informações referentes aos grupos, ao tema e serve, inclusive, como material de pesquisa.