22/08/2023
Guarapuava Saúde

Soropositivos e portadores de hepatites estão sem atendimento em Guarapuava

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Jonas Laskouski

Guarapuava – Dois importantes programas de saúde estão com seus serviços comprometidos em Guarapuava, uma vez que faltam especialistas para dar continuidade ao tratamento. Pacientes soropositivos e portadores de hepatite estão sem atendimento no município.

Quem procura o SAE – Serviço de Atendimento Especializado, departamento responsável por DSTs (doenças sexualmente transmissíveis), Aids e Hepatites Virais até consegue realizar a coleta de sangue e o exame que vai determinar se está ou não com as doenças relacionadas. Se o resultado for positivo, o drama começa.

Até o final de 2016, o doutor Alcides Mendes Botelho Filho era o único infectologista atendendo pelo município. Segundo informações, o médico passou em um concurso para o Estado e a função, desde então, está vaga. Desde a volta do recesso de fim de ano, em 02 de janeiro, não há atendimento para os pacientes já atendidos pelo SAE e nem para os novos possíveis casos reagentes. Quanto à hepatite, quem fazia o atendimento era o dr. Humberto Pellegrini Maia, que se aposentou em abril de 2016. Desde então, não houve atendimentos para essa doença no serviço municipal.

ESSENCIAL

O acompanhamento médico da infecção pelo HIV é essencial, tanto para quem não apresenta sintomas e não toma remédios (fase assintomática), quanto para quem já exibe algum sinal da doença e segue tratamento com os medicamentos antirretrovirais, fase que os médicos classificam como Aids.

Determinada pelo médico, a frequência dos exames e das consultas é essencial para controlar o avanço do HIV no organismo e determina o tratamento mais adequado em cada caso. Sem médico e sem tratamento as doenças podem evoluir para um quadro bastante preocupante.

De acordo com o SAE, são quase mil o número de pacientes soropositivos em Guarapuava. Desses, 650 estão cadastrados na Famácia do departamento e já se encontram em tratamento com medicamentos antirretrovirais e cerca de 500 fazem retirada de medicação assiduamente.

Quantos aos atendimentos, chega a 10 o número de pessoas que procuram o serviço diariamente e que estão deixando de ser atendidas pela falta de um especialista.

De acordo com a Secretaria de Saúde, um novo médico assumirá o atendimento no SAE. A expectativa é que em 20 dias, o médico já esteja atendendo os pacientes soropositivos e de hepatite que fazem tratamento pelo município.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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