22/08/2023
Cotidiano

Trabalhando no dia reservado para elas

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Lizi Dalenogari, da Redação

Talvez seja o dia do ano em que os restaurantes estão mais movimentados. E não só eles. Padarias, mercearias também costumam estar com a rotina acelerada nesta data em que mães são “poupadas” da cozinha. Mas por trás do balcão, servindo mesas, atendendo nos caixas de supermercado, trabalhando como plantonistas em hospitais, ou cozinhando nos restaurantes, será que encontramos mães no dia de hoje? Certamente sim.

O tradicional frango assado de padaria, acompanhado ou não da deliciosa maionese, foi a opção de muitas famílias neste domingo das mães. Zailda Janete Moraes, de 60 anos, tem dois filhos e já é bisavô. Proprietária de uma das mais tradicionais padarias da cidade, vestiu o lindo sorriso de sempre e atendeu dezenas de mães hoje. “É um dia de trabalho como qualquer outro, claro que mais movimentado, mas estou feliz em atender minhas clientes, ou seus maridos e filhos que deixaram a nosso cargo a refeição comemorativa de um dia tão importante.

A companheira de trabalho de Zailda, Marlene de Oliveira, 61 anos, também é mãe de dois filhos e estava com a mesma simpatia e presteza de sempre servindo outras mães. “É um dia de trabalho onde revemos mais clientes juntos ao mesmo tempo”, brinca. O movimento era intenso no momento da entrevista e Marlene continua sorrindo e cumprimentando, e servindo. “Um dia em que muitas mães servem outras mães”.

Para a cliente Marlene Ferreira de Lima era um motivo duplo de comemoração. “Trabalho dois domingos por mês e graças a Deus hoje estou de folga, bem no nosso dia”, comemora. Marlene é freguesa de Zailda há mais de 18 anos e a relação já é de amizade. “São  muitos anos convivendo e vamos aprendendo umas com as outras que o que importa mesmo é vermos nossos filhos crescendo saudáveis, a vida se renovando. Muitas vezes se vão os pais, chegam os filhos, netos e bisnetos. E quando os ensinamentos dos primeiros vão passando de geração em geração, a família cria bases fortes e se une cada vez mais”, enfatiza.

NO HOSPITAL

Thaís Silveira é enfermeira no Hospital Santa Tereza e também é mãe. Seu filho Pedro Henrique tem um ano e hoje está almoçando com a avó e o pai, sem a presença da mamãe. “Estou de plantão e compartilho o dia com tantas mães que aqui estão. Ainda me emociono e vou sempre me sensibilizar com aquelas que revezam com suas mães (avós de crianças internadas), o tempo para ficarem com seus filhos, devido ao trabalho ou ao próprio cansaço”. Entre um atendimento e outro o conselho a uma parturiente com o bebê de 10 dias, internado para tratar uma infecção no ouvido. “Liga para sua mãe e peça para trazerem sua filha (4 aninhos). Assim você desce e dá um beijinho nela, ela já entende”, aconselha. Sensibilidade de mãe se manifesta em qualquer situação.

"A mulher é sempre MÃE, não só dos próprios filhos, mas também dos grandes ideais, das abençoadas realizações da vida, dos estímulos do progresso e sobretudo das boas obras." (Batuíra)

 

 

Cristina Esteche

Jornalista

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