O chefe da 5ª Regional de Saúde Vinicius Traiano assegura que Guarapuava possui todos os requisitos para sediar o curso de medicina ofertado pelo Governo Federal.
De acordo com Traiano, o mapa do Paraná no setor desse curso mostra um “buraco” em Guarapuava. “Em Ponta Grossa há curso de medicina; depois salta para Cascavel e Guarapuava fica de fora”.
Outra realidade que corrobora para a necessidade do curso é o alto índice de mortalidade infantil que é de 17 para cada 1 mil nascidos vivos quando o índice aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 10 para cada mil. O déficit de médicos na município e na região também é um indicativo importante na luta pela implantação do curso. “Vivemos numa região de baixo IDH (Indice de Desenvolvimento Humano). A nossa população é pobre”.
Se por um lado, Guarapuava possui essa realidade, de outro, o município tem estruturadas redes de atenção básica e psicossocial (com dois Centro de Atendimento Psicossocial/CAPS); duas unidades para atendimento de urgência e emergência; Samu; akém de redes secundárias composta por dois consórcios intermunicipais de saúde (Cisgap e CIS); laboratórios para exames diversos, incluindo tecnologia de ponta.
O que preocupa, porém, é a falta de uma estrutura hospitalar adequada que exige leitos específicos para o atendimento do curso. “O Governo Federal exige um leito para cinco alunos que, de acordo com as vagas destinadas para Guarapuava, somaria 300 leitos. “Hoje temos 240 nos dois hospitais (São Vicente e Santa Tereza)”.