22/08/2023
Paraná Política

Traiano repudia envolvimento na "Quadro Negro"

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Da Redação, com Assessoria

O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Ademar Traiano, em nota encaminhada à Rede Sul de Notícias, na tarde desta quarta feira (13), repudiou o que chamou de tentativa de envolvimento do seu nome nas investigações da Operação Quadro Negro. A operação trata de possíveis desvios de dinheiro público de obras de escolas estaduais, confirmadas por fiscais da Secretaria Estadual de Educação (Seed). Além de Traiano, foram citados os nomes do governador Beto Richa (PSDB); do seu irmão José Richa Filho, o Pepe, secretário estadual de Infraestrutura e Logística; do primeiro-secretário da Assembleia, Plauto Miró (DEM); e do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e ex-secretário-chefe da Casa Civil, Durval Amaral. De acordo com os depoimentos, o suposto desvio de cerca de R$ 20 milhões,  seria destinado a campanhas eleitorais.

Para Traiano, essa tentativa não passa de “armação política grosseira, que não tem qualquer amparo na verdade”. O parlamentar assegura que não recebeu qualquer recurso durante a campanha eleitoral, por  parte da Construtora Valor e Serviços Ambientais, que está sendo investigada. “ Não tenho qualquer participação neste episódio e parece que virou moda, nos últimos tempos, tentar justificar crimes cometidos contra a administração pública imputando responsabilidade a agentes políticos”.

O CASO

Em 2015, no meio do ano, a Secretaria Estadual de Educação foi envolvida em irregularidades em dez contratos firmados com a Construtora Valor e Serviços Ambientais, para obras em escolas estaduais. Inicialmente, os colégios Leni Marlene Jacob e Pedro Carli, ambos em Guarapuava, estavam envolvidos. As obras, porém, foram liberadas porque o Tribunal de Contas não comprovou as supostas irregularidades.

De acordo com fiscais ligados à Educação, a liberação de pagamentos à empresa era feita após atestados de falsas medições comprovando o andamento nas construções. A ordem era dada por Mauricio Fanini, diretor de Engenharia, Projetos e Orçamentos da Seed. Ele foi exonerado logo depois da notícia. Eduardo Lopes de Souza, que é dono da Valor,  Maurício Fanini e outras 13 pessoas foram denunciadas pelo Gaeco.

Cristina Esteche

Jornalista

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