22/08/2023
Geral

Três funcionários do IAP são afastados suspeitos de corrupção

Três funcionários do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) que trabalhavam em escritórios de Pato Branco e Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná, foram afastados das funções na terça-feira (2). De acordo com o delegado da Polícia Civil Rômulo Contin Ventrella, responsável pelas investigações, eles são suspeitos de participarem de um esquema milionário de corrupção que visava a cobrança de propina para a liberação de licenças ambientais.

Silvio Hasse, Milton Zucchi e José Wilson Carvalho ocupavam cargos de chefia. As investigações começaram há três meses e foram conduzidas pela Secretaria da Segurança Pública (SESP).

O delegado também informou que a polícia havia solicitado a prisão dos funcionários, com aprovação do Ministério Público (MP). Contudo, o Juiz da comarca de Pato Branco, Eduardo Saoro, indeferiu o pedido, determinando apenas o afastamento. O juiz também decretou sigilo no inquérito. “Agora, nos próximos dias, nós iremos ouvir testemunhas, eventuais vítimas até para que nós possamos descobrir o envolvimento de outras pessoas nesse esquema de corrupção”, assegurou Ventrella.

Em nota, o IAP disse que apoia a investigação do Governo do Estado e fornecerá todas as informações necessárias e solicitadas. Também foi instaurada sindicância para apurar os fatos, assim como acontece em toda denúncia feita contra servidores. Caso seja comprovado o desvio de conduta, o próprio IAP vai encaminhar a denúncia para o Ministério Público.

Os servidores de Pato Branco Silvio Hasse e Milton Zucchi não foram localizados para comentar o caso. O funcionário de Francisco Beltrão, José Wilson Carvalho, negou envolvimento no esquema. "Na nossa regional a gente, inclusive, é taxado pela rigidez que a gente faz as coisas”, disse.

Cristina Esteche

Jornalista

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