O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma nesta sexta (30) o julgamento que pode levar à inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro por oito anos. Assim a Corte abrirá a quarta sessão seguida para julgamento da causa às 12h.
De acordo com as informações, o tribunal julga a conduta de Bolsonaro durante reunião feita com embaixadores, em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação. O PDT questionou a legalidade do encontro. Na ocasião, ocorreu a transmissão da reunião pela TV Brasil.
Agora, após três sessões de julgamento, o placar é de três votos a favor e um pela condenação do ex-presidente por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação para difundir informações falsas para desacreditar o sistema de votação.
A sessão será retomada com o voto da ministra Cármen Lúcia. Dessa forma, se a ministra votar pela condenação de Bolsonaro, será formada maioria de quatro votos pela inelegibilidade. Em seguida, a votação prosseguirá para tomada dos últimos votos, a serem proferidos por Nunes Marques e Alexandre de Moraes. O plenário é composto por sete ministros.
DIVERGÊNCIA
Até o momento, o ministro Raul Araújo foi o único que votou favorável a Bolsonaro e abriu a divergência. Conforme a Agência Brasil, o ministro julgou improcedente ação contra o ex-presidente por entender que a reunião não teve gravidade suficiente para gerar condenação à inelegibilidade.
Nessa quinta (29), Bolsonaro disse que espera um julgamento justo e sem revanchismo. Por outro lado, o TSE já formou maioria de quatro votos pela absolvição de Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022.
Desse modo, todos os ministros que já se manifestaram entenderam que ele não teve relação com a reunião.
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