Cristina Esteche
Amor incondicional. Esse sentimento resume a trajetória profissional de Lucilene de Oliveira Vianna, uma fisioterapeuta que trocou a profissão para entender e tratar do irmão adotivo, que é autista. Em 1998 ela fundou o Centro Conviver, um espaço que realiza atendimento clinico e educacional exclusivamente para pessoas com autismo.
“Meu irmão foi adotado pelos meus pais com um ano e oito meses e era uma criança subnutrida e tinha sido abandonada. Aos dez anos, quando meu pai faleceu, o diagnóstico tardio mostrou que ele é autista. Aos 12 anos ele ainda não andava”.
Lucilene é catarinense, se formou em Curitiba onde conheceu o esposo. Anos mais tarde ela levou o irmão para morar com o casal e começou a enfrentar o problema. “Eu andava em busca de escola, mas não aceitavam o meu irmão. Fui em busca de informações e descobri que existia um grupo de mães que enfrenta o mesmo problema. Foi quando decidi criar o Centro Conviver”. Lucilene foi a São Paulo, Suécia, Estados Unidos em busca de conhecimento. “Larguei a minha profissão como terapeuta e abracei a causa”.
O Conviver atende 80 pessoas diretamente, e outras 120 indiretamente. Embora seja um espaço privado, o atendimento custa de acordo com a renda familiar de cada um. São três unidades em Curitiba e a sede própria está em construção. “Temos uma escola para pais e outros familiares”.
Lucilene possui um blog, que passa a ser parceiro da Rede Sul de Notícias, onde se pode encontrar informações e troca de experiências sobre o autismo.