(i)
Na atual conjuntura política, que vislumbra uma eventual eleição indireta para presidento (ou presidenta), se a mim pedissem para indicar um candidato a mais elevada cadeira dessa república das bananeiras, com certeza iria sugerir, sem pestanejar, o nome do meu cachorro mais velho, o Percy. Ele é um cabra bão, de confiança e tem uma larga experiência em morder tudo o que não presta. É isso! Está aí meu candidato: Percy! Um presidento que é o cão.
(ii)
Para salvar uma alma perdida, imersa nas trevas de si e do mundo – sombras plúmbeas que são orquestradas pelo inimigo – basta a luz de uma vela, o sussurro de uma prece feita com reta e sincera intenção para que o corações transviado entregue-se nas mãos Daquele que bem nos conhece e que, por isso mesmo, nos ama e quer nos salvar de nós mesmos, de nossas fraquezas e de nossa fácil inclinação para o desespero.
(iii)
Defender o senhor Lula da Silva, motivado por confessas convicções ideológicas que sua imagem representa – mesmo que essas convicções sejam equivocadas do princípio ao fim – é um direito que assiste a todo aquele que assim procede. Agora, ficar repetindo mecanicamente um punhado de palavras de ordem para defender o excelentíssimo senhor sem vergonha achando que isso é sinônimo de elevada inteligência e distinta postura ética – dizendo que não há nada provado contra ele e blábláblá – pode até ser um direito daqueles que agem assim, entretanto, é o cúmulo da sonsice engajada advinda duma militância demente ou duma simpatia ideológica inconsequente. Só isso e olhe lá.
(iv)
Só para constar: aquele que disse que a responsável por tudo seria sua excelentíssima senhora falecida é o mesmo que fez do velório da referida um vil palanque político – em misto com declarações auto lisonjeiras e comiserações egolátricas. E tem mais! Esse sujeito é o senhor que declarou em alto e bom som que não há no Brasil uma viva alma mais honesta que ele; é o mesmíssimo camarada que, certa feita, em Roma, após comungar sem se confessar, afirmou que fez isso porque não tinha pecado algum. Ecce homo. Esse é o homem idolatrado pela rubra multidão.