22/08/2023


Cotidiano Educação Guarapuava Saúde

Unicentro licencia cerveja com efeitos medicinais a pessoas com diabetes

O produto inovador é resultado de uma pesquisa desenvolvida no Laboratório de Biotecnologia e Ciências Biomédicas (Biomed) do Cedeteg

Seti-cerveja-unicentro

Unicentro licencia cerveja com efeitos medicinais a pessoas com diabetes (Foto: divulgação/Seti)

A Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) assinou um contrato de licenciamento para comercializar uma cerveja com efeitos medicinais para pessoas com diabetes. O produto inovador resultou de uma pesquisa desenvolvida no Laboratório de Biotecnologia e Ciências Biomédicas (Biomed), do Campus Cedeteg.

Depois de cinco anos de estudos, os resultados demonstram benefícios para a saúde humana. Isso porque, na composição da cerveja há bioativos do alecrim-do-campo, tipo de planta nativa da América do Sul. Encontrada geralmente em países como Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai.

Esses bioativos auxiliam na redução da glicemia (nível de açúcar no sangue) e do nível de gordura no sangue, bem como na diminuição de danos renais e hepáticos. A inovação será produzida e comercializada em larga escala pela Cervejaria Heimdall, fabricante de bebidas artesanais que atua principalmente no mercado cervejeiro da Região Centro-Sul do Paraná.

LICENCIAMENTO

O licenciamento consiste na transferência de tecnologia para a empresa e envolve, ainda, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná (IFPR) e a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Unicentro (FAU). Conforme o professor Carlos Ricardo Maneck Malfatti, biomédico responsável pela pesquisa, o licenciamento é uma forma de incentivo à ciência.

Essa ação reforça a importância da tríplice hélice entre academia, governo e mercado. Nesse cenário, as universidades desenvolvem as pesquisas, o setor público promove o fomento às pesquisas e o empresário contribui para o desenvolvimento econômico.

Professor Carlos Ricardo Maneck Malfatti (Foto: divulgação/Seti)

Doutor em Bioquímica, Malfatti destaca o potencial de retorno financeiro para a universidade, a partir do direito de uso e comercialização de produtos e serviços que resultam de pesquisas científicas. “Quando o mercado comercializa os resultados de estudos acadêmicos, as instituições de ensino superior conquistam mais recursos para produzir novas tecnologias e inovações”.

Além disso, a equipe responsável pela pesquisa também é composta por estudantes de graduação e pós-graduação. Assim, há alunos de iniciação científica e dos cursos de mestrado e doutorado dos programas de pós-graduação em Ciências Farmacêuticas e em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação da Unicentro. Bem como do Programa de Pós-graduação em Promoção da Saúde do Centro Universitário Guairacá (UniGuairacá), de Guarapuava.

PRODUTO

(Foto: divulgação/Seti)

Com o nome comercial Rosemary, tradução do inglês para alecrim, a cerveja possui, além dos benefícios para a saúde, aroma e sabor agradáveis. Dessa forma, pessoas pré-diabéticas podem consumir diariamente uma unidade e diabéticas duas unidades.

Por fim, no ano passado, o projeto foi finalista da primeira edição do Programa de Apoio à Propriedade Intelectual com Foco no Mercado (Prime).

Leia outras notícias no Portal RSN.

Antunes

Jornalista

Relacionadas

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.

Pular para o conteúdo