As universidades estaduais do Paraná vão aumentar a produção de álcool em gel nos laboratórios e em farmácias-escolas. Ferramenta importante na prevenção e higienização, o álcool em gel é efetivo na quebra da cápsula de gordura que protege o vírus.
De acordo com o superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, as universidades estaduais estão trabalhando alinhadas às determinações do Governo do Estado.
“As instituições, pela sua capilaridade, têm potencial de contribuir com ações de prevenção e orientação na área de saúde nessa fase crítica de pandemia pela qual passamos”.
GUARAPUAVA
Assim, em Guarapuava, a agência de Inovação Tecnológica da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Novatec) utiliza bebidas (vinho, cerveja, vodca e licor) como matéria-prima para a produção de álcool etílico, líquido e em gel, usado para higienização e limpeza.
Todo o material produzido pela Novatec é utilizado no setor de saúde da própria universidade ou doado para órgãos públicos, como unidades de saúde, escolas municipais e estaduais, delegacias e batalhões de polícia, Corpo de Bombeiros, Detran e para a Defesa Civil.
Mesmo com a suspensão das atividades acadêmicas nas universidades, o diretor de Projeto da Novatec, Maico Cunha, destaca que a produção segue normalmente. “Estamos com produção ativa de álcool 70% para atender toda comunidade acadêmica, além de outros órgãos públicos que nos solicitaram ajuda”.
No mês de março já foram produzidos cerca de 1.800kg do álcool 70%.
PONTA GROSSA
A Universidade Estadual de Ponta Grossa e a Fundação Municipal de Saúde assinaram termo de cooperação para produção de álcool 70% glicerinado. Na sexta (20), o primeiro lote com 250 litros foi entregue para a prefeitura de Ponta Grossa e deve ser utilizado em Hospitais e Unidades de Saúde.
O Laboratório de Produção de Medicamentos (Lapmed) da UEPG será o responsável pela produção enquanto o município de Ponta Grossa fornecerá matéria-prima e insumos.
O coordenador do Laboratório, Sinvaldo Baglie, esclarece que o álcool 70% tem ação antisséptica sobre bactérias e vírus como o Covid-19.
“O álcool 70% com a adição da glicerina que tem ação umectante evita o ressecamento da pele. O álcool 70% em gel possui um tempo de ação residual maior na pele. Entretanto independente da formulação ambos são eficazes”.
MARINGÁ
Na Universidade Estadual de Maringá (UEM) a procura pelo produto resultou em um aumento de 3.000% na produção. Conforme a coordenadora do Projeto de Extensão Farmácia e Manipulação da UEM, Marli Mirian de Souza Lima, a produção diária que era de um quilo passou para 30 quilos,. O objetivo é abastecer os setores internos da universidade, Hospital Universitário Regional de Maringá e comunidade externa.
Ainda de acordo com Marli, outro produto de higienização que teve um acréscimo na fabricação é o sabonete líquido, que deve ser a primeira opção a ser usada diante do contexto atual.
CASCAVEL
Por conta do aumento das medidas de precaução em torno da pandemia, a farmácia-escola da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), em Cascavel, também passou a produzir álcool em gel para o uso interno de acadêmicos e servidores da universidade e do Hospital Universitário do Oeste do Paraná. A produção passou de um quilo para cinco quilos por dia.
LONDRINA
E por fim, a Universidade Estadual de Londrina (UEL) está estudando a possibilidade de produção de álcool em gel na Farmácia-Escola e nos Laboratórios para distribuição em órgãos públicos.
PREVENÇÃO
A higienização das mãos com água e sabão por cerca de 40 segundos é suficiente para prevenir a contaminação pelo coronavírus. O uso de álcool em gel de 70% é uma forma alternativa de manter a higienização.
O produto é importante para a limpeza de objetos e superfícies usadas com frequência que podem favorecer o contágio.
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