22/08/2023
Saúde

Vacina contra febre amarela já está sendo aplicada

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Municípios quem integram a 5° Regional de Saúde com sede em Guarapuava estão realizando a primeira etapa da campanha de vacinação contra a febre amarela silvestre. Coordenada pela Secretaria de Saúde, a campanha prioriza moradores da zona rural na medida em que as etapas forem programadas e que as doses forem disponibilizadas pelo Ministério da Saúde.

A campanha, que abrange todo o Paraná, foi divida em cinco etapas e se estende até dezembro de 2011.

Em 2008, o Paraná registrou dois casos da doença em humanos no município de Laranjal, região oeste. Dois irmãos, na faixa etária entre 30 e 40 anos, cortadores de lenha, contraíram a doença. Um deles morreu de insuficiência hepatorenal. O outro sobreviveu. “Antes disso, o Estado não registrava casos da doença há 42 anos”, explica a chefe da vigilância epidemiológica, Ivana Kaminski.

Ainda em 2008 três casos importados foram registrados no Estado. O primeiro foi notificado em Maringá com infecção em Caldas Novas (GO), a segunda notificação ocorreu em Curitiba com infecção em Bonito (MS) e a terceira em Guairá com infecção no Paraguai.

A vacinação foi introduzida pelo Ministério na rotina de vacinas em 1999 e deve ser reforçada de 10 em 10 anos. Na época, mais de nove milhões de pessoas foram imunizadas. “Além da campanha, a vacina continuará disponível na rotina para todos os menores de um ano e para a população em geral (demanda espontânea) nas unidades de saúde”, afirma o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz.

PRIMATAS
A febre amarela também pode ser transmitida para macacos. No monitoramento destes animais a Secretaria da Saúde identificou entre janeiro de 2008 e março de 2009 cerca de 190 animais suspeitos (mortos ou doentes) pela doença. Três foram confirmados.

Apesar de a doença ser semelhante nos macacos e nos homens, a vacina não é aplicada nos macacos por serem animais silvestres. Para monitorar os animais, a Secretaria da Saúde realiza constante vigilância no habitat natural destes animais. “Quando eles estão doentes apresentam comportamento diferente do habitual. E através deles é possível monitorar a circulação do vírus da febre amarela na região. Por isso esses animais não devem ser mortos pela população em hipótese alguma”, explica o superintendente.

Cristina Esteche

Jornalista

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