22/08/2023


Paraná Saúde

Vacina contra o HPV ainda tem pouca procura nas Unidades de Saúde

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Da Redação, com AEN

Curitiba – A procura por vacinas contra o HPV, o papiloma vírus humano, continua baixa no Paraná. A campanha atualmente abrange meninas de 9 a 14 anos e meninos de 12 e 13 anos, além de jovens de 9 a 26 anos que vivem com HIV/Aids. 

A ampliação da campanha para o sexo masculino, em 2017, tem o objetivo de reduzir a circulação do vírus e proteger contra os cânceres de garganta, pênis e ânus. 

“Com a vacina, as chances de reduzir o número de casos de doenças causadas pelo HPV nas futuras gerações são grandes. Para isso, precisamos de maior adesão à campanha e garantir que a meta de vacinar pelo menos 80% do público-alvo seja cumprida”, destaca a chefe do Centro estadual de Epidemiologia, Júlia Cordellini. 

Em meninas, a vacina protege contra o câncer de colo de útero, que atualmente é o terceiro mais frequente e a quarta causa de morte por câncer em mulheres no Brasil. Em 2015, o Paraná registrou 333 mortes pela doença. A vacina é gratuita e está disponível em todas as Unidades de Saúde dos 399 municípios do Estado. 

PROTEÇÃO

Para garantir a imunização completa são necessárias duas doses da vacina com intervalo de seis meses entre as aplicações. “Com as duas doses, a vacina tem uma eficácia de 98%. Então, é importante não se esquecer de retornar às Unidades de Saúde após seis meses para receber a segunda dose e garantir essa proteção”, orienta Júlia. 

Em 2016, apenas 47% das meninas se vacinaram do Paraná. E dessas, somente 19% retornaram para a segunda dose. No total, 82.037 pessoas do sexo feminino faziam parte do público-alvo. Na vacinação para portadores de HIV/Aids, o esquema vacinal inclui três doses. 

A chefe da Epidemiologia ressalta que a vacina é reconhecida internacionalmente. “A vacina estimula a produção de anticorpos específicos para os quatro tipos do HPV que circulam no Brasil. Ela é segura e eficaz. Nas aplicações só registramos efeitos colaterais leves e breves, como dor no local da injeção e dor de cabeça. Isso demonstra que não há razão para se preocupar”, reforça.

Cristina Esteche

Jornalista

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