De acordo com um anúncio do secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, a vacinação contra a covid-19 no Paraná pode começar dia 20, 21 ou 22. Entretanto, ainda depende da decisão da Anvisa e do Ministério da Saúde. Nesta sexta (15), ele e o governador Ratinho Junior apresentaram parte da estrutura logística na distribuição das doses.
De acordo com o o governador, três aviões e um helicóptero serão incorporados à frota de caminhões para agilizar o transporte do imunizante para as 22 Regionais de Saúde. Conforme o governo, a intenção é garantir a aplicação da vacina nos paranaenses o mais rapidamente possível.
Além disso, o secretário de Estado da Saúde Beto Preto solicitou aos municípios que priorizem usar as 1.850 salas de vacinação existentes no Estado para a campanha de imunização contra o coronavírus. Ele destacou que o mutirão da vacinação deve reunir entre seis mil a 10 mil profissionais da saúde em todo o Estado.
(Foto: AEN)
TRANSPORTE
Vamos usar a experiência adquirida no transporte de órgãos para transplante, em que o Paraná é referência, e também nos testes para a Covid. Só no ano passado foram 500 horas/voo, garantindo agilidade e rapidez.
Além disso, ele ressaltou que o transporte para o Interior se dará por meio de rotas aéreas, atendendo mais de uma Regional da Saúde por viagem. Com o ingresso das aeronaves, o tempo de deslocamento para que todos os municípios se abasteçam estima-se em 48 a 72 horas. “O helicóptero, por exemplo, pode ser utilizado para chegar em locais de difícil acesso. Será um serviço de excelência, com a vacina chegando o mais rapidamente possível para a população”.
VACINAÇÃO
O processo de vacinação no Paraná vai seguir o Plano Nacional de Imunização (PNI) elaborado pelo Governo Federal. O Ministério da Saúde espera começar na próxima semana as imunizações dos grupos considerados de risco. A estimativa é que o Estado receba 100 mil dos 2 milhões de doses do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford e pelo Laboratório AstraZeneca.
Conforme Beto Preto, a espera-se por outras 300 mil doses do imunizante Coronavac, do laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai se reunir no domingo (17) para discutir os pedidos de autorização para uso emergencial dos imunizantes.
De acordo com o secretário, o grupo prioritário estadual consiste em cerca de 272 mil profissionais da linha de frente do combate à covid-19, índios acima de 18 anos mapeados em comunidades isoladas de 30 municípios do Paraná e idosos que vivem em asilos e casas de repouso.
Será um processo que deve durar o ano todo, de forma escalonada conforme forem chegando as vacinas. Mas a ideia é conseguir imunizar o grupo de risco em até 90 dias e quatro milhões de paranaenses até o fim de maio.
TRANSPORTE TERRESTRE
Além das aeronaves, o Governo do Estado conta com quatro caminhões com baús refrigerados, todos monitorados por satélite, para distribuição das vacinas. Cada veículo tem capacidade de transportar aproximadamente 228 mil frascos do imunizante.
Com a incorporação da frota aérea, o planejamento prevê utilizar os caminhões para viagens mais curtas, com o deslocamento para cidades próximas de Curitiba. Os principais centros de distribuição dos materiais funcionam na capital.
Conforme a Secretaria de Estado da Saúde, esses veículos costumam transportar por mês de 600 mil a 1 milhão de doses de vacinas para outras doenças.
Outros nove caminhões estão à disposição para o carregamento da chamada carga seca, formada por luvas, seringas, agulhas, máscaras, aventais e outros itens. Cinco são da Secretaria da Saúde e quatro da Defesa Civil do Paraná. Cada veículo consegue transportar 18 toneladas de material.
O deslocamento deste material para as 22 Regionais de Saúde começou nesta sexta-feira (15). “A ordem do governador Ratinho Junior é para imunizar o Paraná por inteiro, todos os 399 municípios. A vacina será distribuída de maneira igualitária, atendendo a todos os paranaenses”, reforçou o secretário.
Apenas entre agulhas e seringas, o Estado conta atualmente com 11 milhões de unidades em estoque, quantidade que vai saltar para 27 milhões nos próximos dias com a compra de mais 16 milhões, em fase final de aquisição pela Secretaria de Estado da Saúde.
CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO
Contudo, os materiais para a campanha de vacinação contra a covid-19 estão centrados em dois pontos principais de Curitiba: o Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), para vacinas e carga seca, e o Ginásio de Esportes do Tarumã, apenas para carga seca.
Desses locais saem todos os produtos que vão garantir o processo de imunização contra o coronavírus em todos os 399 municípios paranaenses. São ao todo 1.850 salas de vacinação.
A estrutura paranaense conta ainda com 21 câmaras frias já adquiridas e outras 180 em processo de aquisição. Além disso, o Paraná vai adquirir 31 câmaras frias para armazenamento em parceria com o governo federal.
O Estado dispõe também de freezers para produção de gelo, equipamentos de ar-condicionado, contêineres refrigerados de 40 pés para armazenamento de 100 mil doses de vacinas. Bem como, caminhões refrigerados para distribuição de imunizantes e a perspectiva de implantação de câmaras modulares para armazenamento de frios nas Regionais de Saúde.
Confira no vídeo abaixo mais detalhes sobre a preparação para a vacinação no Paraná.
Leia outras notícias no Portal RSN.