22/08/2023


Paraná Segurança

Vereador é preso por venda de cirurgias bariátricas pelo SUS

Vereador é suspeito de conseguir falsas guias, para que pacientes fizessem a cirurgia pagando até R$ 3 mil por procedimento

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Vereador é preso por venda de cirurgias bariátricas pelo SUS (Foto: AEN)

A Polícia Civil prendeu temporariamente um vereador de Carlópolis, no Norte Pioneiro, nesta quinta (29). Além dele, uma mulher também está na prisão. Ambos estão sob suspeição de conseguir falsas guias do Sistema Único de Saúde (SUS). Conforme informações, a polícia cumpriu sete mandados de busca e apreensão no decorrer da ação.

De acordo com a polícia, esta é a segunda fase da operação que investiga uma organização criminosa. O grupo teria lucrado mais de R$ 10 milhões com a venda de cirurgias bariátricas. Entretanto, esses procedimentos gratuitos tinham como foco um hospital da Região Metropolitana de Curitiba.

Conforme a operação, a investigação tem origem em crimes de extorsão, falsidade ideológica, uso de documento falso. Além de concussão e organização criminosa. Assim, os policiais cumpriram as ordens judiciais em Carlópolis, Santo Antônio da Platina, Jacarezinho, no Norte Pioneiro. Além de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. As prisões ocorreram em Carlópolis e em Colombo.

Segundo as investigações, o vereador teria falsificado guias do SUS. Isso possibilitava encaminhamento de pacientes, principalmente do Estado de São Paulo, para cirurgias bariátricas no Paraná. Ele atuaria juntamente com médicos que assinavam essas guias.

O ESQUEMA

O grupo criminoso entrava em contato com pessoas de vários estados. A maioria de São Paulo e Santa Catarina. Conforme a polícia, o contato por meio de redes sociais ou indicações, tinha como alvo pessoas interessadas em cirurgia bariátrica.

De acordo com a polícia, os pacientes muitas vezes, aguardavam há anos na fila para serem operados pelo SUS. Por isso, acabavam aceitando pagar até R$ 3 mil em cirurgias que deveriam ser gratuitas. Conforme as investigações o grupo criminoso conseguia receber em duplicidade os valores pagos pelo SUS ao hospital pelas cirurgias bariátricas.

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Cristina Esteche

Jornalista

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