22/08/2023
Política

Vereadores dizem que não trairam, mas que deram a presidência da Câmara ao PP

A “queda de braço” entre os vereadores Geraldo Marineski, Carlos Passos e o Diretório Municipal do PP em Pinhão ganha mais um capítulo. Os dois vereadores que estão à mercê de uma Comissão de Ética criada para julgar o comportamento de ambos nas eleições para a presidência da Câmara Municipal não se preocupam com o que está acontecendo. Os dois são acusados pelos membros da Executiva do PP por terem traído uma decisão partidária. Em vez de apoiarem a chapa que tinha o vereador Denilson de Oliveira (PT) como candidato à presidência, segundo decisão tomada em reunião entre o PT , PRP e PP, Marineski laçou sua candidatura com apoio de Carlinhos e da bancada que apoia o prefeito Dirceu de Oliveira (PSD).
“Eu não participei de nenhuma reunião que determinasse a candidatura do PT. Estou muito tranquilo e o Diretório do PP deveria estar comemorando, pois ganhamos a presidência da Câmara”, disse Marineski à REDE SUL DE NOTÍCIAS.
A polêmica gerada em torno da eleição para a Mesa Executiva do Legislativo Municipal, é explicada por Carlinhos.
“Eu estava na primeira reunião realizada no início de dezembro do ano passado quando foi discutida a hipótese de formar um bloco de oposição, o G8. Inicialmente eu fui favorável. O Geraldo não participou. Numa reunião preliminar foi lançado o Alain Abreu (PRP) para a presidência e os outros cargos contemplando os partidos da coligação proporcional Coração Pinhãoense (PP, PT, PRP, PSDB)”, explica Carlinhos. Porém, segundo o vereador pepista, em outra reunião com o “pessoal do PT” tudo foi alterado. “A presidência ficaria com o Denilson Oliveira (PT), a vice com Israel de Oliveira Santos (PT), a 1ª. secretaria com o Alexandro Camargo (PRP) e o PP ficaria de fora”.

No dia 1º de janeiro, quando seria escolhida a nova Mesa Executiva, após conversas, a bancada de sustentação ao prefeito Dirceu de Oliveira, apoiou a chapa encabeçada por Marineski. “Nesse contexto achei por bem apoiar o candidato do meu partido. Eu e o Geraldo não traímos ninguém, pelo contrário, demos a presidência da Câmara para o PP e os demais membros do Partido não votaram em nós”, observa.

Por conta de toda essa polêmica, o Diretório pretende punir Geraldo e Carlinhos e a atitude mais drástica seria a expulsão, o que tiraria o mandato de ambos. Como o mandato é do partido, os dois primeiros suplentes assumiriam as vagas.
“Falem em expulsão. Mas como? Se não houve nenhuma reunião do Diretório deliberando alguma coisa sobre as eleições da Câmara? O Diretório não tinha constituído a Comissão de Ética e criou uma na correria. Há falta de conhecimento por parte dos membros da Executiva. O vereador disse que vai aguardar o relatório da Comissão de Ética para então tomar as medidas cabíveis ao caso.

MATÉRIA RELACIONADA:

PP acusa dois vereadores de terem traído o partido em Pinhão

Cristina Esteche

Jornalista

Relacionadas

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.

Pular para o conteúdo