22/08/2023
Política

Vereadores negam redução de salário de prefeito

imagem-94651

Rogério Thomas

Um fato inédito na história política regional foi realizado na Câmara de Vereadores de Pinhão. Oito dos 13 vereadores votaram contra um Projeto de Lei da Prefeitura que previa a redução dos subsídios (salários) do prefeito, vice prefeito e dos secretários municipais.

De acordo com o prefeito, o pedido teve como objetivo contribuir para adequar o Município ao Limite Prudencial. “Atualmente, devido à queda de arrecadação, nós estamos no limite da folha de pagamento. Baixar os salários dos agentes políticos é um dos passos que estamos dando para nos enquadrarmos o mais urgente possível. Esse enquadramento é de extrema importância, pois dependemos do Limite Prudencial para termos nossas certidões negativas em dia”, explicou o prefeito.

No momento, o índice da folha de pagamento do Município de Pinhão está em 58% e o limite máximo aceitável dentro de uma administração é de 54%. "Infelizmente, um índice nunca antes alcançado", lamenta Dirceu. 

O corte proposto pelo prefeito nos subsídios gira entre 15 e 20% e atingem o prefeito, vice prefeito e secretários.

De acordo com o prefeito, não havia motivos para que a Câmara não aprovasse, uma vez que o projeto foi idealizado com assessoramento jurídico. “Não entendemos o porquê deles não terem aprovado. Sem a redução da folha, nós corremos o risco de perder R$ 3 milhões em recursos, através do ParanaCidade, que serão utilizados, principalmente, em obras de infraestrutura urbana, como pavimentação, calçamento e recuperação de galerias na cidade”, enfatizou.

Conforme Dirceu, além da queda na receita, o que onerou as despesas da atual gestão foram os aumentos da energia elétrica e dos combustíveis. "Causou uma sobrecarga forte nas despesas", destaca o prefeito. Hoje, Pinhão possui uma frota de mais de 100 veículos próprios.”Vale lembrar que realizamos o transporte diário de 5 mil estudantes. Só o transporte dos universitários chega a 15 ônibus, são quase 900 alunos diariamente, entre cursos técnicos e superior. Sem contar o combustível destinado à área da saúde e outros setores. Além da Aneel ter autorizado um aumento maior na tarifa da energia para a região sul. Um impacto muito grande nas contas a pagar”, concluiu.

 

Cristina Esteche

Jornalista

Relacionadas

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.

Pular para o conteúdo