É uma conta brutal. Chega a ser estupida, mas a vida de uma criança de 07 anos, estudante da Rede Municipal de Ensino, pode custar menos de R$ 30,00 em Prudentópolis. Esse é o valor aproximado que custaria o conserto da porta da Kombi que faz o transporte escolar na comunidade de Tijuco Preto. Por esse valor ridículo, a porta se abriu e a menina caiu e ainda foi atropelada pelo mesmo veículo.
Não da pra entender. Se os responsáveis e o motorista foram avisados E SABIAM que havia aquele defeito imbecil na porta, porque nada foi feito?
Porque não consertaram uma simples fechadura, que poderia ter evitado marcas para a vida inteira na vida dessa menina?
Agora, raciocinem comigo: se são incompetentes a ponto de não arrumarem, ou de não fiscalizarem, e mesmo sabendo do defeito, não podem arrumar uma fechadura, o que mais há de problemas no transporte escolar?
Muita coisa está errada. Não podemos aceitar que quem administra não faz seu papel. Que quem recebe, e muito bem, não cumpre com eficiência o trabalho a que se propôs. Ninguém é obrigado a fazer o transporte escolar, mas se se propôs e disputou uma licitação tem que honrar o compromisso. Se não tem competência, não se meta.
A mesma frase serve para os administradores e legisladores: SE NÃO TÊM COMPETÊNCIA, NÃO SE METAM.
E quem será penalizado? O motorista, que fugiu do local após o acidente e que não teve humanidade suficiente para socorrer a menina machucada? Faltou preparo. Os proprietários da empresa? Que se negaram ou negligenciaram um conserto de R$ 30,00. Os administradores públicos? Que são incompetentes no papel de trabalhar e contratar os melhores serviços para a comunidade?
Enquanto a menina, na UTI, sofre, e a família sofre junto, os responsáveis têm que ser penalizados.
E o povo? Bom, o povo…