22/08/2023


Guarapuava Segurança

‘Virada’ de Kelvyn também será na cadeia de Guarapuava

O 'empreendedor de sucesso' Kelvyn disse que seria exemplo para outros jovens paranaenses e fazia 'lives' motivacionais diariamente às 7h07

kelvyn

Kelvyn Baltokoski (Foto: Will Kovaliu)

Guarapuava se surpreendeu nos últimos dias de 2021 com um dos maiores escândalos na área financeira. O jovem ‘empreendedor’ que saiu de Candói, a cerca de 92 quilômetros de Guarapuava, com a promessa de ser exemplo para outros jovens, está preso desde 14 de dezembro. Junto com ele, o pai Valdecir e outro empresário do mesmo ramo, David Michel.

Entretanto, embora denunciada pelo Ministério Público por estelionato, a mãe de Kelvyn, Loremi Maria Batolkoski, encontra-se em liberdade. Ela, o esposo e o filho estão denunciados desde 21 de dezembro deste ano. O crime envolve o estelionato de R$ 55 mil contra uma investidora. No entanto, segundo o promotor Pedro Papaiz, do Gaeco Guarapuava, em outras operações mais de 500 pessoas foram lesadas.

Conforme as investigações, com a visão de tornar a empresa referência em opções de investimentos, gestão e potencialização de empresas no Paraná, o golpe, segundo o MP, soma R$ 35 milhões.

Sob as ‘asas’ da BTK Holding, Kelvyn teve uma ascensão financeira meteórica. Administrando 30 funcionários e seis empresas nas áreas de tecnologia, gastronomia, confecção, porém, o dinheiro vinha de investidores. A promessa era de ganhos entre 8% e 10% de juros ao mês.

De acordo com postagens diárias em redes sociais, sempre às 7h07, dirigindo um dos carros de luxo, Kelvyn surgia com mensagens motivacionais. O ‘pano de fundo’ era a própria vida e como se tornou um empresário de sucesso.

E para corroborar com tudo isso, ele não poupava ostentações. Além de uma vida luxuosa, viagens a Dubai, Ilhas Maldivas e outros ´paraísos´ internacionais, mantinha uma mansão de R$ 65 mil mensais em Alphaville (SP).

LIBERDADE NEGADA

Os advogados que defendem a Família Baltokoski, Marcelo Lebre Cruz e Felipe Oliveira, ambos de Curitiba, entraram com pedido de liberdade provisória. O beneficiado seria Valdeci. No entanto, o pedido feito em 17 de dezembro foi negado. Kelvyn também teve pedido semelhante negado.

De acordo com a defesa, o casal Valdeci e Loremi tem a tutela de dois netos e a guarda de outro. Além disso, Loremi tem a saúde debilitada, segundo os advogados.

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Cristina Esteche

Jornalista

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