Desde as primeiras aulas de desenho com a professora Rozana Ortiz, ainda pequeno, Vinicius Korocoski, já surpreendia pelos eu talento. “A professora mandava eu desenhar determinada coisa, mas o meu olhar ia além. Ela dizia: nossa, piá. Eu ainda não te ensinei”.
É assim mesmo. Talento não se cria, ele já nasce com a pessoa. O que pode fazer é aperfeiçoar traços, impor técnicas.
De acordo com Vinicius, o Vini Kavanha, como é chamado, trabalha, principalmente, com aerografia. “Meu primeiro trabalho foi um auto-retrato que fiz no meu capacete”.
Conforme Vinicius, o gosto por essa técnica encontra suporte por aproximar mais do realismo. Para isso, muitas coisas que faz misturam a mão livre com máscaras. “Nesse trabalho o mais difícil é pintar capacete por ser oval”.
Porém, a arte de Kavanha pode ser estar estampada num corpo, em móveis ou qualquer outro espaço. “Posso pintar tudo o que existir”, brinca.
Assim, nessa alquimia de cores, ele mistura também a aerografia, com nanquim, com lápis, criando efeitos que surpreendem. ” Tenho uma marca, a Machine Head Art Work”.
HALLOWEEN
Além de ser um os melhores, senão o melhor bateristas de Guarapuava, principalmente quando o gênero é jazz, o talento de Kavanha se estende também a máscaras e fantasias.
Halloween é um dos temas preferidos. E é assim que ele cria personagens para os sobrinhos Sophia e Leon para as festas do CCBEU.
“O primeiro foi uma múmia, depois o chapeuzinho vermelho, a malévola e agora o espantalho”. Essas foram a Sophia, e vampiros e dráculas para o Leon.
Entretanto, nesta última, o espantalho, foram mais de três horas de produção utilizando apenas juta e cola para cílios. O resultado foi assustador. “Eu criei na hora, porque foi mudado o tema. Eu tinha uma coisa na cabeça, tive que resetar tudo, fui fazendo e criando. Mesmo porque algumas coisas já estavam prontas, como o chapéu, por exemplo”.
Aliás, os adereços foram feitos por Sophia com o pai Victor. “Passamos praticamente boa parte do dia fazendo as coisas. A Sophia até comentou comigo se havia outro pai que dedicava horas para ajudar a fazer a fantasia da filha”.
Para a menina, o resultado foi satisfatório. Ela é ganhadora do prêmio do CCBEU por quatro anos consecutivos. “Cada ano tenho fantasias diferentes e cada vez mais criativas e assustadoras”.
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