Você sabia que a depressão também pode afetar os bichinhos de estimação? No entanto, em animais ela só é percebida por meio de um diagnóstico de exclusão.
A doença afeta a forma como o animal se alimenta, dorme e o relacionamento com o ambiente no qual vive, necessitando da intervenção de um terapeuta veterinário para a cura e/ou melhora do quadro clínico.
CAUSAS
O estado depressivo do animal pode estar relacionado à ansiedade e acontece quando ele é exposto a situações que causam estresse. Assim, ainda há muito a esclarecer sobre a causa do problema, sendo mais fácil avaliar a forma como as interações se manifestam externamente.
Acontece principalmente se ele passou por alguma grande mudança. Como por exemplo, um novo lar ou a chegada de novos integrantes na família, além de mortes e perdas, são gatilhos possíveis para causar depressão.
SINTOMAS
Nenhum animal é igual ao outro. Desse modo, conhecer a personalidade do pet é o primeiro passo para identificar a depressão. Além disso, fique atento aos seguintes sinais:
- perda de apetite;
- perda de peso;
- recusa em brincar com tutores ou outros pets;
- prostração;
- isolamento;
- agressividade repentina;
- olhar perdido e triste;
- lambedura excessiva (principalmente do focinho);
- bocejos e coceiras frequentes e sem motivo;
- automutilação em extremidades do corpo (cauda e patas).
A médica veterinária Erika Turim resume: “Os cães apresentam sintomas semelhantes ao da depressão humana”. Assim, em caso de mudanças bruscas de comportamento ou de qualquer um desses sintomas, leve o bichinho ao veterinário o quanto antes.
TRATAMENTO E PREVENÇÃO
Como deve ser feito com qualquer outra doença, em caso de suspeita de depressão, o veterinário sempre deve ser consultado. Além de ser o único capaz de dar orientações adequadas e prescrever medicamentos, só ele pode confirmar o diagnóstico.
Nesse sentido, a especialista lembra que é importante realizar uma série de exames e avaliações a fim de descartar a possibilidade de outros problemas.
Confirmada a depressão, o tratamento normalmente é feito tanto com mudanças na rotina como com medicamentos homeopáticos ou alopáticos. Já em relação às mudanças na rotina, Erika diz que algumas medidas simples são recomendadas não só para tratar, mas também para evitar o caso de um cachorro triste. São elas:
- companhia: tire um tempo do dia para fazer brincadeiras com o cachorro. Demonstre afeto, faça carinho, converse e procure agradá-lo com desafios e, claro, petiscos como recompensa;
- passeios: passear com cachorro é fundamental para a saúde física e mental dele. Os horários mais recomendados são antes das 10h e após as 16h. Leve sempre água para hidratar o pet;
- higiene: ela também é importante para o bem-estar do bichinho. Por isso, nunca descuide!
- enriquecimento ambiental: o tédio e a frustração andam junto com quadros de ansiedade canina e depressão, ainda mais para pets que passam muito tempo sozinhos. Assim, busque entretê-los com brinquedos interativos durante o período que não estará em casa.
Se achar que eles preferem ficar na presença de sons, deixe uma música ou a TV ligada. Hoje em dia, existe até um canal de assinatura feito especialmente para pets.
Por fim, além de seguir as recomendações, não deixe de reforçar as doses de vacina e de levar o pet para um check-up ao menos uma vez por ano.
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