Se antes assuntos estéticos eram tratados como interesse feminino, hoje podemos dizer que a pauta agrada aos homens também… E como agrada! Segundo uma pesquisa de mercado internacional do Euromonitor, o setor de produtos de beleza masculinos cresceu 69,7% entre 2012 e 2017. No topo do ranking dos maiores consumidores de cosméticos para homens, está o Brasil na 2ª posição, com 13% das vendas mundiais, ficando atrás apenas dos EUA, com 18% de participação.
Para Mirian Dutra, autora da pesquisa “Vaidade Masculina: a percepção do homem sobre a beleza e os cuidados com a aparência”, os números refletem uma mudança nos papéis sociais exercidos por homens e mulheres, que cada vez mais buscam dividir os ambientes domésticos e corporativos, além de representar uma fase de “libertação dos estigmas do homem rústico”:
É visível a mudança cultural masculina nos últimos anos, já que as novas gerações não aceitam mais o arquétipo do ‘homem rústico’ como o modelo de força e poder. Hoje, o homem associa a autoconfiança como resultado de uma boa aparência e isso acaba tendo consequências diretas no seu sucesso
COSMÉTICOS PARA ELES
Segundo dados da ABIHPEC, no início dos anos 2000, apenas um em cada 100 brasileiros usava algum tipo de produto contra o envelhecimento. Essa proporção subiu para 65 em 100 homens, de acordo com uma pesquisa desenvolvida pela Croma Solutions no último ano. Desses, 53% afirmam que se cuidam e não têm vergonha disso.
O estudo, que contemplou mais de mil homens de todo o país, com idades entre 18 e 50 anos, das classes ABC, quis saber como é a relação deles com a estética e identificou que produtos como perfumes (65%), shampoo e condicionadores (63%), cuidados com a barba (40%), cremes e loções para o corpo (30%) estão em alta demanda no mercado.
A pesquisa mapeou ainda que 39% do público passou a se preocupar com o tema beleza. 31% não se preocupava com o assunto e passou a se preocupar um pouco e 8% se preocupou muito nos últimos cinco anos.