Se tem uma coisa que o povo de Pinhão sabe fazer bem é não deixar a tradição se apagar. E foi com esse espírito que a Associação dos Gaiteiros de Pinhão (ASGAPI) conseguiu uma façanha daquelas. Ficou em primeiro lugar no edital Festivais Paraná, do Governo do Estado, com nota máxima na categoria ‘Pinha’.
Com recurso garantido, o anúncio já está no ar: vem aí o 8º Encontro dos Gaiteiros de Pinhão. Será nos dias 4, 5 e 6 de abril de 2026. E não é só de música que vive esse povo, não. A próxima edição vem com um tempero especial. De acordo com gaiteiro e 1º secretário da entidade, André Ferreira, vai juntar a tradição da gaita com a causa ambiental, trazendo o Rio Iguaçu como tema central.
Pra nós o Rio Iguaçu é o mais importante do estado e precisa de atenção. Por isso, decidimos unir a cultura ao debate ambiental.
Enquanto isso, a ‘peonada’ já prepara também o 7º Encontro, que vai ser no dia 31 de agosto de 2025, no Salão da Igreja Matriz. Mais ‘enxuto’, terá foco regional e apoio da prefeitura e parceiros locais. Mas pode apostar que o fole vai roncar bonito do mesmo jeito!
O gaiteiro, que agora também ocupa uma cadeira no Conselho Estadual de Cultura, falou sobre a importância de representar os movimentos tradicionais do Paraná.
Durante muito tempo, a cultura ficou lá na capital, mas o fandango, a Festa do Divino, o São Gonçalo e até as benzedeiras também precisam ter voz e vez.
E pra mostrar que tradição não se trata de pauta parada, a Asgapi ainda está’ de olho no futuro. Conforme André, está vindo aí uma ‘Escola de Gaiteiros’, com aulas gratuitas de acordeon pra gurizada da rede municipal. O projeto está juntando parceiros e instrumentos, e já tem apoio da Secretaria de Educação e da prefeitura. Hoje, são mais de 310 gaiteiros cadastrados só em Pinhão, considerado a ‘Capital dos Gaiteiros’ no Paraná.
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