22/08/2023

Guarapuavana tem estilo livre de viver a vida

Renata Padilha saiu de Guarapuava rumo aos Estados Unidos, em 2016. Hoje ela mora em Dubai e vive como gosta, sem amarras

Renata Padilha (Foto: Divulgação)

Para ela não existem fronteiras uma vez que a liberdade e a aventura falam mais alto. Bem ao estilo ‘sem lenço, nem documento’, a guarapuavana Renata Conrado Padilha desbrava o mundo. Poliglota, foi justamente a determinação em aprofundar três idiomas que a fez colocar o pé na estrada. Ou melhor, voar para países distantes para aperfeiçoar o inglês, o alemão e o chinês, que eram os idiomas que aprendia.

A primeira parada dessa aventura previa os Estados Unidos. Em busca explorar novos horizontes, realizar um sonho e sair da zona de conforto, Renata ousou. Para encarar essa aventura, ela   vendou o carro, que havia sido um presente do pai quando completou 18 anos. Isso possibilitou uma nova fase da vida de Renata, e assim, ela deixou Guarapuava.

A minha intenção era ficar lá por quatro meses, mas conheci pessoas, novas experiência, decidi ficar. Após acabar o tempo que eu tinha lá decidi fazer a maior loucura da minha vida, largar tudo no Brasil e ficar morando em Los Angeles. Arrumei um trabalho e desde 2016 conquistei minha independência financeira.

Para ela não existem fronteiras uma vez que a liberdade e a aventura falam mais alto. Bem ao estilo ‘sem lenço, nem documento’, a guarapuavana Renata Padilha desbrava o mundo. Poliglota, foi justamente a determinação em aprofundar três idiomas que a fez colocar o pé na estrada. Ou melhor, voar para países distantes para aperfeiçoar o inglês, o alemão e o chinês.

Entre uma viagem e outra a vários países, a partir de Los Angeles, os Emirados Árabes mereceram a atenção da guarapuavana. A viagem, conforme Renata, que em 2017 começou como passeio, já a levou até lá muitas vezes.

    • Renata na competição pelo deserto (Foto: Divulgação)

Ainda morando nos Estados Unidos, mas atraída pela cultura árabe, nem mesmo a entrada para uma universidade americana a conteve. “Decidi morar em Dubai. Inicialmente ficaria durante cinco meses, mas ainda estou aqui”. Entre essas idas e vindas, Guarapuava também entrou no circuito por determinados períodos. “Voltei algumas vezes e terminei o curso de Direito”.

De volta a Dubai, o tempo indeterminado a espera. Afinal, se trata de uma das economias mais modernas do Oriente Médio e do mundo. Uma capital voltada ao comércio de luxo, às grandiosas construções, às finanças e à indústria petrolífera.

Renata recusa empregos fixos. “Sou autônoma. Presto serviços à uma empresa de eventos e já trabalhei na Fórmula 1, na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), em novembro de 2023”. Seja como personal ou dando aulas de inglês, Renata vive a vida. Mas, por último, é ao esporte que ela se dedica. E nesse nova versão, ela já acumula o primeiro lugar numa competição de pesca em alto mar. Renata fisgou um peixe que pesou 19 quilos e 400 gramas. “A pesca real é uma atividade popular para quem gosta de explorar o oceano e pescar espécies de peixes exóticos. Eu ganhei o equivalente a R$ 110 mil”.

Renata numa competição de camelo (Foto: Divulgação)

E você teria coragem de montar um camelo durante nove horas consecutivas pelo deserto? Pois a Renata encarou esse desafio. “Só davam café da manhã, almoço e jantar. As refeições diárias eram limitadas. Um dia nos deixaram sem água debaixo do sol forte. Mas é o aprendizado da sobrevivência”. Para ela, foi um desafio viver sobreviver como os antigos beduínos sobreviviam. No entanto, isso não foi o suficiente. Renata ainda decidiu iniciar corridas de camelo como jockey. Na última competição ficou em sétimo lugar, levando a premiação de aproximadamente R$ 20 mil.

Conforme a ‘aventureira’ o desafio agora é a última etapa do torneio de pesca. “O primeiro lugar ganha um carro elétrico”. E tem mais. Ela participa de um seriado numa tevê árabe sobre pesca em alto mar. E ganha cachê para isso.

Renata sendo premiada (Foto: Divulgação)

E é dessa forma, que Renata, aos 29 anos, trabalha para viver. “Eu gosto de morar aqui. A cultura árabe é que mais me encanta porque valoriza muito a família, os amigos. Isso me lembra o Brasil”. E por citar o País verde e amarelo, embora seja uma cidadã do mundo, as raízes dela estão aqui, em Guarapuava. Para onde em qualquer dia, sem que se espere, ela pode voltar.

Leia outras notícias no Portal RSN.

Cristina Esteche

Jornalista

Relacionadas

Este post não possui termos na taxonomia personalizada.

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.