Emergente da curiosidade e do desconforto de não saber os detalhes do passado, “O Clã Celta” reúne fatos inacreditáveis descobertos por Luiz Alberto Küster a respeito da linhagem do clã da família Küster. Os acontecimentos descritos entrelaçam a história da Europa com o processo de imigração dos europeus para a cidade de Guarapuava. O livro será lançado nesta sexta (21), a partir das 18h, no Küster Hotel. O valor arrecadado com as vendas será 100% doado às instituições guarapuavanas Lar Escola e S.O.S.
A obra, que mistura genética, história e ficção, é resultado de 20 anos de pesquisa de Küster e traz à luz do presente eventos que o tempo tinha apagado da memória familiar. A linha de pesquisa seguida foi a genografia (ciência que permite que, através dos genes, seja possível identificar informações dos antepassados).
“A grande ignorância é pensar que somos seres individuais. Somos feitos de uma cultura, carregamos a energia e vibração de nossos antepassados. Trata-se de uma busca de si próprio, de saber quem sou eu”, declara o autor Luiz Alberto Küster, destacando também que o trabalho de resgate o fascinou, pois é capaz de salvar a história das brumas do tempo:
Nós vivemos o presente intensamente na infância, então passamos a carregar a angústia do futuro na juventude e após viver intensamente esse futuro, chega o privilégio de poder olhar para trás.
SINOPSE
O livro narra a jornada do clã celta, iniciada há 25 mil anos, nas cordilheiras do Cáucaso, com o nascimento do primogênito Oisín (haplogrupo R1b de linhagem masculina). Com o término do último glacial máximo (Era do Gelo) há 10 mil anos, seus descendentes conquistam as estepes ao norte do Mar Negro – Estepe Pôntico-Cáspia – na Rússia e Ucrânia dos dias de hoje. Na vastidão da estepe conseguem domar o cavalo selvagem, há 5 mil anos. Aprendem a fundir o mineral esverdeado (calcopirita) e passam a produzir o cobre. Montados sobre cavalos e portando armas mortais de cobre, sobem o rio Danúbio, cruzam os Cárpatos e “invadem” a Europa, há aproximadamente 3 mil anos. Lá constituem a formidável cultura celta, também chamada de gaulesa (gallos) pelos povos romanos. O enfrentamento com as legiões romanas foi inevitável. O general romano Júlio Cesar os derrota definitivamente na Batalha de Alésia, e ao misturar a cultura celta (gaulesa) com a latina, formam a base para a fabulosa cultura francesa dos dias de hoje. Os meninos irmãos celtas, Urik e Jolit, participam da batalha. Após a derrota, o menino Jolit retorna para Nemessos, renomeada Augusta Nemetum pelos romanos, e seus descendentes sofrem o processo de aculturação latino romana. Seu irmão, o menino celta Urik, gravemente ferido em Alésia, dado como morto pelo irmão, é resgatado pelos celtas Treveri. Levando Urik, fogem para Treveri, a sua vila: cidade de Trier dos dias de hoje. Em Trier, a mistura de povos celtas e germânicos, transforma Urik em Ulrich. Seus descendentes, sacristãos (küster), acompanham o bispo de Trier para fundar Hildesheim, local da roseira sagrada, há mil anos. Há 190 anos, em Hildesheim, Reino de Hannover, dois irmãos, Cristian e Wilhelm, descendentes de Ulrich, o sacristão (Ulrich, der küster) resolvem emigrar para o Brasil, atendendo o chamado da imperatriz Carolina Josefa Leopoldina, que acabara de assinar o Decreto de Independência do Brasil. Cristian e Wilhelm trazem em suas entranhas a semente, assinatura genética celta, nascida com o primogênito do clã, Oisín. O filho primogênito de Cristian, Elias, ao retornar da Guerra do Paraguai, em 1869, e passar pela Villa de Nossa Senhora da Conceição do Passo Fundo, conhece a “missioneira” Soledad, que toma seu coração de assalto. Em Passo Fundo, Elias enfrenta o “dono” da Villa, o poderoso Coronel Prestes Guimarães. Elias e seu irmão Antônio Carlos, próspero industrial curitibano, iniciam no Brasil a grande família Küster, com descendentes espalhados pelo RS, SC e Paraná, a formar o Clã Celta Brasileiro.