22/08/2023



‘Os Monarcas’ perde o talento de Gildinho

Quem frequenta o CTG Fogo de Chão e outros salões pela região, sabe muito bem, a falta que Gildinho vai fazer nas noite tradicionalistas

Gildinho (Foto: divulgação)

As mãos de Nésio Alves Côrrea, o Gildinho, não mais vão deslizar pelas teclas da gaita. Mas o som do conjunto ‘Os Monarcas’ imortaliza o talento do fundador. Gildinho seguiu para outros pampas nesse sábado (11), deixando uma lacuna na música tradicionalista. Quem frequenta o CTG Fogo de Chão em Guarapuava e outros salões pela região, sabe muito bem, a falta que Gildinho vai fazer nas noite tradicionalistas. Que o diga o comunicador de Pinhão, Dirceu de Oliveira, parceiro do tradicionalista. Gildinho gravou ‘Índio Velho’, música na qual Dirceu tem parceria.

De acordo com a trajetória do artista, Gildinho nasceu em Soledade (RS), em 18 de janeiro de 1942, em uma família humilde e numerosa. Criou-se em meio às lides campeiras. Muito cedo perdeu o pai, que era acordeonista, e de quem herdou o amor pela música gaúcha.
Em 1961, com 19 anos, colocou o pé no mundo e foi em busca do destino que desejou, encontrando paragem na gaúcha Erechim.
Meio acaboclado, mas cheio de determinação, iniciou, em 1963, o programa radiofônico ‘Amanhecer no Rio Grande’, passando a ser solicitado para animar pequenos bailes na região.

EMBRIÃO

Em 1967, Chiquito, o irmão caçula de Gildinho e herdeiro da mesma paixão pela música, mudou-se para Erechim. Unindo forças, formaram a dupla “Gildinho e Chiquito”, embrião do conjunto musical ‘Os Monarcas’.
E se herdou a vocação de gaiteiro do pai, foi o conselho recebido do ídolo, Oneide Bertussi,  que o incentivou a aprimorar a técnica instrumental. Então, dedicou-se, durante anos, ao estudo do acordeon, na Escola de Belas Artes Osvaldo Engel. Transformou-se em professor, atividade que exerceu durante anos, ensinando aos seus alunos xotes, vaneiras, bugios e, sobretudo, o respeito à música regional.

OS MONARCAS

Em 1972, após anos animando bailes na região do Alto Uruguai, fundou, oficialmente, o conjunto ‘Os Monarcas’, dando início a uma trajetória de sucessos e reconhecimento ímpar no cenário da música gaúcha.
De fato, o conjunto Os Monarcas consolidou-se como um dos mais respeitados grupos da música regional do Brasil.Importante não só pela extensa discografia (51 trabalhos), pelos discos de ouro conquistados (10), os inúmeros troféus, indicações e prêmios colecionados ao longo dos anos. Mas, sobretudo, por manter um grupo sólido e talentoso, com artistas impecáveis, exercendo inequívoco protagonismo na história da música gaúcha.

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Cristina Esteche

Jornalista

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