22/08/2023


Sabedoria ancestral das benzedeiras é destaque no Museu Paranaense

A sabedoria e os afazeres ancestrais se destacam na programação on-line do Museu Paranaense (MUPA) no Mês da Mulher

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Benzedeiras são lembradas no Mês da Mulher (Foto: Douglas Frois- Acervo MAEUFPR)

Um galho de arruda num copo de água, um terço nas mãos, uma oração que cura por meio da fé e uma benzedeira. Esses são os principais ingredientes da cura na sabedoria popular. E é para evocar esse conhecimento e fazeres ancestrais que o Museu Paranaense (Mupa) vai marcar o mês da mulher com programação virtual.

De acordo com o Mupa, dentro deste conceito, a instituição promove a ação “Benzedeiras do Paraná: Mulheres de Fé”. Além do encontro “Mulheres e Identidades” com uma série de atividades nas redes sociais. Conforme a programação, em parceria com o Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPR, as atividades on-line vão abordar o universo de fé e vida das benzedeiras do Centro-Sul do Estado. Assim, estarão em evidência a diversidade das práticas de cura e conhecimentos de plantas medicinais.

Já na na mesa-redonda “Benzedeiras do Paraná: Mulheres de Fé” em 18 de março às 19 horas, a antropóloga Taísa Lewitzki conversa com benzedeiras. Dessa forma, estarão no foco Ana Maria dos Santos (Ana Benzedeira), Agda Cavalheiro (Dona Guina) e Rosalina Gomes dos Santos (Dona Rosinha). A arqueóloga do Museu Paranaense, Claudia Parellada, media a conversa.

DOCUMENTÁRIO

A exibição do filme “Instalações-Rituais está agendado para 28 de março. Trata-se de um documentário etnográfico sobre altares de benzedeiras por onde andou São João Maria”, da antropóloga Geslline Giovana Braga.

De acordo com o Museu, o  link para assistir será disponibilizado pelo Instagram e Facebook do Mupa. Conforme o Mupa, a proposta da obra é fazer uma leitura dos altares de benzedeiras como instalações de arte contemporânea. Incluí-se subjetividades, atribuições simbólicas, construção de significados, função ritualística e a presença da fotografia.

Entretanto no dia 31 de março às 19 horas, uma mesa-redonda virtual discute as questões levantadas no documentário “Instalações-Rituais”. Conforme a programação, o encontro terá a participação da antropóloga e produtora do filme Geslline Giovana Braga, além da professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Liliana Mendonça Porto. A mediação fica por conta da arqueóloga do museu, Claudia Parellada.

ÁUDIOS

Uma série de áudios produzidos com as benzedeiras paranaenses, organizados pela antropóloga Taisa Lewitzki, estarão nas redes sociais do Museu ao longo de março. De acordo com a pauta, essas peças apresentam a trajetória dessas mulheres de fé.

São elas detentoras de conhecimentos tradicionais de cura e defensoras dos ofícios tradicionais de saúde popular.

MULHERES E IDENTIDADES

Reconhecidas internacionalmente por lutas pela valorização da atuação da mulher na sociedade, duas lideranças estão na pauta. De acordo com o Mupa, uma delas é a pesquisadora e líder indígena Genilda Kaingang.

A outra é a artista chinesa, radicada em Foz do Iguaçu, Maria Cheung. Assim, no dia 11 de março às 19 horas, elas vão contar como superaram momentos de preconceito e violência étnica por meio da arte e das conquistas comunitárias. Conforme a pauta, o encontro será transmitido pelas redes sociais do Mupa.

SERVIÇO
Museu Paranaense – Mês da Mulher

  • Mesa-redonda virtual “Mulheres e Identidade”, 11 de março às 19 horas, nas redes sociais do Mupa;
  • Mesa-redonda virtual “Benzedeiras do Paraná: Mulheres de Fé”, 18 de março, nas redes sociais do Mupa;
  • Documentário “Instalações-Rituais: documentário etnográfico sobre altares de benzedeiras por onde andou São João Maria”. Link pelo Instagram e Facebook do Mupa, de 28 a 31 de março;
  • E por fim, Mesa-redonda virtual sobre o documentário “Instalações-Rituais”, dia 31 de março às 19 horas, nas redes sociais do Mupa.

http://www.museuparanaense.pr.gov.br
facebook/museuparanaense
@museu paranaense

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Cristina Esteche

Jornalista

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