22/08/2023

‘Tudo à Mão’ celebra oito anos e reúne 100 artesãos em Guarapuava

Trata-se de mais uma edição da feira de artesanato, que abre as portas nesta sexta (5) e segue até domingo (7), no Spaço Fiori, em Guarapuava

Design sem nome (12)

O artesanto temático dá o tom natalino neste fim de semana em Guarapuava. São cores que saltam das mesas, texturas que convidam ao toque e a sensação de que cada peça carrega uma história que não cabe apenas nas mãos, mas também no olhar de quem cria. Assim começa mais uma edição da Feira ‘Feito à Mão’, que abre as portas nesta sexta (5) e segue até domingo (7), no Spaço Fiori, em Guarapuava.

O evento, que nasceu como um encontro tímido entre mãe e filha chegou à 14ª edição ao longo de oito anos e tornou-se um dos pontos altos do calendário criativo da cidade. De acordo com Paty Musika, idealizadora da feira, a primeira edição contou com nove expositoras.

Hoje, reúne cerca de 100 artesãos e artesãs de diferentes áreas. As peças s]ao para decoração, bem-estar, moda, arte têxtil, cosméticos naturais, gastronomia afetiva e uma infinidade de trabalhos que resistem à lógica do consumo rápido.

Conforme a artesã, o  crescimento da feira não é apenas numérico. Ele traduz uma mudança de percepção sobre o valor do fazer manual e o fortalecimento da economia criativa regional. Conforme disse Keila Rocha, que participou da primeira edição e hoje auxilia na organização, o encontro se transformou em um espaço de autonomia, renda e compartilhamento entre criadores e público.

“A gente começou sem grandes expectativas. E ver isso tomando corpo, virando tradição, é emocionante”. Segundo a artesã que trabalha com peças em couro, a diversidade e o caráter comunitário surgem como marca registrada da feira. A programação estendida, sexta das 16h às 21h; sábado das 11h às 21h; domingo das 11h às 20h, busca justamente acolher diferentes perfis de visitantes. Terá som ao vivo e a visita do Papai Noel (domingo).

EXPERIÊNCIA

A ‘Feito à Mão’ se destaca por algo além dos produtos, pois cria um ambiente de encontro. É onde consumidores descobrem o nome e o rosto por trás de cada peça. Um espaço onde artesãos trocam técnicas, se fortalecem e encontram espaço para divulgar trabalhos que, muitas vezes, não se encaixam no circuito tradicional de vendas.

Mais do que comércio, trata-se, portanto, de uma celebração da identidade local e, por que não, de resistência, conforme observa Paty Musika.

Em tempos em que a velocidade tenta ditar regras, o artesanato insiste em narrar que nada substitui o tempo dedicado ao detalhe e à autoria. E isso, talvez, explique por que o evento cresceu tanto e segue atraindo novos públicos.

Com entrada gratuita, a feira é um convite para quem busca presentear, apoiar a economia criativa ou simplesmente se inspirar, afirmam as organizadoras.

Cristina Esteche

Jornalista

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