Um mergulho na imigração italiana e na história do Paraná

Um documento sobre a imigração italiana e a formação do Paraná. Nas 112 páginas de ‘Família Merlin – Memória é pura imaginação’, a professora, educadora e escritora Dirce Doroti Merlin Clève percorre, de forma leve e envolvente, mais de 1.500 anos. Tudo isso para contar a saga da família que deixou a península itálica no fim do século XIX para construir uma nova vida no Brasil.

Dirce Doroti Merlin Clève busca as origens do sobrenome Merlin (Merlini) nos dias que antecederam a queda do Império Romano, no século V. Pesquisadora incansável, segue até o processo de unificação da Itália, na segunda metade do século XIX. Nessa época, as dificuldades e a falta de perspectivas levaram milhares de pessoas a buscarem um futuro melhor em uma terra distante e desconhecida.

Originária da Região do Veneto, no Nordeste da Itália (mais precisamente da Villa Bartolomea, na província de Verona), a família Merlin se estabeleceu primeiramente em Morretes, em 1878. Foi quando Giuseppe Merlin, avô da autora, desembarcou no Porto de Paranaguá. Os relatos da mudança para Curitiba, da fundação da Colônia Dantas (hoje o bairro Água Verde) e das perseguições durante a Segunda Guerra Mundial são de interesse de todos que buscam saber mais sobre a história da cidade e do Paraná. De acordo com a assessoria da autora, o resgate das tradições, da culinária e da religiosidade dos imigrantes italianos no Novo Mundo, tamém pautam o livro.

SOBRE A AUTORA

Dirce Doroti Merlin nasceu em Canoinhas (SC), mas a família dela vivia em Guarapuava. Conforme a trajetória, Dirce iniciou a carreira no magistério, em Pitanga. Lá, atuou como fundadora, professora e diretora da Escola Professor Brandão. Voluntária da organização Soroptimist International, desenvolve trabalhos na área dos direitos humanos. Além disso, é autora dos livros ‘Direitos Humanos para Mulheres e Meninas’ (2007) e ‘Descobrindo Novos Horizontes‘ (2012).

Aos 23 anos se casou com Jeorling Joely Cordeiro Clève, que viria a ser juiz e desembargador. O casal teve quatro filhos: Clèmerson, Christiane, Luiz Roberto e Luciane. Aos 90 anos, segue em atividade: neste ano, lançou o livro  ‘A Família Pschera’, em que conta a trajetória da família materna, pela Editora Artes & Textos.

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