*Conteúdo publicado originalmente na revista Descubra Guarapuava.
Super-Homem, Chapolin Colorado, Homem-Aranha… heróis que estão no imaginário popular tem aparecido misteriosamente em diversos bairros de Guarapuava. Aqui nas terras-do-lobo-bravo, no entanto, as tradicionais lutas contra vilões ficam de lado para dar espaço a um trabalho tão importante quanto: ajudar pessoas carentes. Mas se no mundo dos cinemas a identidade destes heróis costuma ser permeada pelo segredo, aqui nesta reportagem é nossa obrigação revelar o nome e a história do homem que dá vida a estes personagens em Guarapuava: conheçam Alessandro Jorge Oreiko, o Sidão.
Ele tinha tudo para ser apenas mais um em meio a multidão. Morador do Residencial 2000 há 16 anos, Sidão trabalha oito horas por dia em uma empresa de compensados, no bairro Industrial. O cansaço, claro, fala alto no final do dia. A sua vontade de ajudar o próximo, no entanto, o motiva a usar a hora que costuma ser do descanso, para fazer a diferença.
Eu não posso ficar um dia sem ajudar as pessoas que eu me desanimo. Faz bem ao coração.
Sidão é filho do saudoso Nhô Jeca, o radialista Jorge Oreiko, muito conhecido de quem é da velha-guarda guarapuavana. Tendo o pai como uma de suas inspirações, Sidão faz, sempre fantasiado de herói, diversas ações em prol de pessoas carentes. Desde dezembro de 2017, quando ele passou a se dedicar mais intensamente a estes trabalhos, suas principais doações são cadeiras de banho e de rodas, cestas básicas, brinquedos e remédios.
“Eu procuro a história das pessoas que precisam de ajuda nos bairros e depois divulgo nos grupos grandes do Facebook aqui em Guarapuava. As pessoas já estão acostumadas a me ver pedindo. Já conhecem o meu trabalho”.
E é pelo Facebook que Sidão mostra, também, a entrega das doações, comprovando que tudo o que ele ganha, atende a quem realmente precisa. Nesta jornada de um verdadeiro super-herói, ele conta com a ajuda da esposa, Paola Santos Fernandes, e do amigo, Wellington Ferreira, o motoqueira-fantasma.
“A gente tenta ajudar quem realmente precisa. Usamos as fantasias, principalmente, quando queremos ajudar as crianças… tivemos essa iniciativa porque sabíamos que se a gente não fizesse, ninguém faria”.