“Precisamos discutir em conjunto um projeto de desenvolvimento para o Paraná”, afirma Osmar Dias

Osmar Fernandes Dias, ou Osmar Dias, nasceu na cidade paulista de Quatá, mas foi criado em Maringá, no Paraná. Formado em Agronomia na Fundação Faculdade Luiz Meneghel, em Bandeirantes, onde foi professor e diretor. Foi gerente técnico da Fazenda Experimental da Cocamar.

Seu primeiro cargo público foi como presidente da Companhia Agropecuária de Fomento Econômico do Estado do Paraná, entre 1983 e 1986, no governo José Richa. Em seguida, foi Secretário da Agricultura do Paraná entre 1987 e 1994 na gestão dos governadores Álvaro Dias e Roberto Requião.

Em 1994 disputou seu primeiro cargo eletivo, sendo eleito Senador do Paraná pelo Partido Progressista. Filiou-se em seguida ao PSDB, chegando a ocupar a vice-liderança na Casa.

Defendeu, junto com o irmão Álvaro Dias, a criação de uma CPI para apurar denúncias de corrupção no governo federal, na época, dirigida pelo PSDB. Ambos sofreram processo de expulsão do partido e filiaram-se ao PDT. Permaneceu no Senado, reelegendo-se em 2002. Presidiu a “Comissão de Assuntos Sociais” e a “Comissão de Educação” do Senado Federal, além de ter sido relator da Lei de Biossegurança”.

Em 2006 Osmar Dias candidatou-se ao governo paranaense. Após uma disputa acirrada, foi derrotado no 2° turno para Roberto Requião do PMDB (Requião 50,1% e Osmar 49,9%), com uma diferença de cerca de 10 mil votos.

Foi o líder da bancada do PDT no Senado entre 2005 e 2007, e novamente a partir de 2008 após a morte do então líder, senador Jefferson Peres.

Foi candidato ao Governo do Paraná nas Eleições 2010 e teve Rodrigo Rocha Loures (PMDB) como vice. Perdendo no 1º turno com pouco mais de 2 milhões e 600 mil votos válidos para Beto Richa.

Após a derrota nas eleições de 2010, Osmar Dias assumiu o cargo de Vice-Presidente de Agronegócios e Micro e Pequenas Empresas, no Banco do Brasil. Tomou posse em abril de 2011, onde permaneceu até julho de 2016.

Após ter ficado afastado da vida política por cerca de sete anos, Osmar Dias volta ao cenário, novamente como pré-candidato a governador.

Na última semana, reuniu lideranças da região em Guarapuava, assim como está fazendo em todas as regiões do Paraná. Na avaliação de Osmar, o momento não é para se falar em política, mas sim, em projetos de desenvolvimento. “O Paraná precisa de todos neste momento. Precisamos elaborar um amplo projeto de desenvolvimento para o Estado. Minha proposta é que isto seja feito de forma conjunta, independente de siglas partidárias”, enfatizou.

COMPROMISSO COM A REGIÃO DE GUARAPUAVA

O ex-senador é enfático ao afirmar que tem um compromisso com a região de Guarapuava. “O setor agropecuário nesta região é muito forte. Tem a Cooperativa Agrária e outras cooperativas, que também são fundamentais para o desenvolvimento. A agropecuária é a base do desenvolvimento, por isso os programas de incentivo devem ser elaborados de forma regionalizada, pois o Estado é muito grande e uma geografia que varia de um ponto a outro”, afirmou.

Osmar Dias defende um novo modelo de pedágio no Paraná. “O modelo que aí está, não deu certo. O pedágio é uma realidade, pois o governo não tem como assumir a manutenção das rodovias. Mas precisamos de um modelo onde aquilo que está sendo proposto seja apresentado. Por exemplo, agora houve reajuste nas tarifas. Quer dizer, o preço aumentou, mas as obras não estão saindo. Precisamos de rodovias de qualidade, que assegurem a logística de transporte das safras”.

Quantos às rodovias estaduais, mais especificamente a PR 466, entre Campo Mourão e Guarapuava, a PR 170, entre Guarapuava e Bituruna, e a PR 280, no Sudoeste do Estado, Osmar Dias está apresentando uma proposta de recuperação urgente. “São rodovias estaduais muito importantes, pois cruzam o Estado, e estão em péssimas condições. O Governo do estado precisa agir, e para que elas sejam recuperadas deve ser posto em prática um plano de enxugamento da máquina administrativa. Precisamos reduzir os gastos do Governo. Por exemplo, não entendo porque tantos carros, tantas mordomias aos servidores estaduais. É fazendo a lição de casa, economizando nos gatos públicos, que vamos conseguir recursos para investimentos em infraestrutura”.

Outra possibilidade apresentada pelo ex-senador para o transporte da safra no Paraná, é a ampliação da Ferroeste. “Nós precisamos buscar Parcerias Público Privadas (PPPs), pois o estado tem, atualmente, apenas 3% de capacidade de investimento. Como esse percentual dá para se fazer muito pouco. As PPPs são fundamentais para melhor a infraestrutura de transporte. Mais uma vez, Guarapuava é o ponto de partida para isso, pois a Ferroeste para aqui. Precisamos dela daqui até Paranaguá e ao Mato Grosso”.

Osmar Dias concluiu reafirmando a necessidade de elaborar um plano de desenvolvimento conjunto, baseado, principalmente, em economia.

“Tem que ser um projeto em conjunto. Os empresários não podem mais pagar a conta da ineficiência econômica do Governo, que cada vez eleva mais as cargas tributárias. Volto a reafirmar, a solução para o Paraná está no ataque direto ao alto custo de manutenção da máquina administrativa. Quando se fala em novo, não quer dizer novo em idade, quer dizer que o Paraná precisa de pessoas com novos projetos, que atendam a necessidade econômica do Estado e, principalmente, da população. O mais urgente é resgatar a seriedade, acabando a crise na política o quanto antes. Isso se faz com participação de gente com credibilidade, bons políticos”.